Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

Lula/PT-esquerda: 100 dias destruindo o Brasil

por | 10/04/2023 | 0 Comentários

Instado a falar sobre os 100 dias de Lula 3.0, a volta do ladrão, fiquei apenas com uma certeza: foram 100 dias desperdiçados da nossa história, de um governo rancoroso, vingativo e marcado pela mais absurda e completa incompetência.

De onde nada se espera, dali é que, definitivamente, nada irá surgir. Ou, como diria o filósofo, apenas as obviedades mais deploráveis e as práticas mais abjetas. E ninguém tem o direito de dizer-se ou mostrar-se surpreso, porque o velho morubixaba avisou o que iria fazer, a destruição que iria implantar, as vinganças que foi gestando dentro de si e a roubalheira e o fisiologismo que sempre foram peculiares e inerentes ao seu modo de fazer política.

Mas, acredite, mesmo tendo avisado que faria o que está fazendo, mesmo que as pessoas tenham sido alertadas sobre isso e muitas tivessem convicção de que o pior para o Brasil e para suas vidas seria a volta deste mentecapto, ainda assim o sentimento de rejeição a um governo que passou quatro anos sem roubar e sem se curvar para a mídia e que por isso mesmo acabou sendo demonizado dia sim e o outro também pelos meios de comunicação, falou mais alto.

Na cabeça de muitos, mais do que ter a volta de um ladrão era preciso livrar o Brasil de um presidente que, com coragem, escancarou as vísceras podres da política em nosso país e fez com que a sociedade passasse a entender como a engrenagem do poder funciona e como seus tentáculos ultrapassam a independência dos poderes. Assim, virou consenso que era preciso trazer de volta a harmonia entre os poderes, ainda que isso significasse recolocar no comando do país alguém que já tinha dado reiteradas demonstrações de que não é possuidor das mínimas condições mentais, morais e éticas para o exercício do cargo.

Sindicalista de origem e perfil, Lula trouxe para a chefia da nação todo o cabedal de práticas absurdas inerentes ao sindicalismo, como a prática da corrupção, a mentira, a desfaçatez e o fascismo estrutural. Olhando sem preconceito, Lula é o produto mais bem acabado de um segmento que nada produz, que vive do trabalho e do sacrifício dos outros e que aprendeu que para sobreviver politicamente é preciso ser generoso em se cercar do pior que pode encontrar.

E os 100 dias deixam no ar um sentimento de perplexidade diante da impotência da sociedade em reagir a tanto descalabro e insanidade, incapaz de se livrar das amarras do medo do fantasma do 8 de janeiro – um episódio nebuloso, com todas as nuances apontando para a participação direta de pessoas do atual governo que, de modo solerte, vil e ardiloso, ajudaram a criar um circo para colocar o atual governo como vítima de uma tentativa de golpe que está muito mais para a versão tupiniquim do fatídico incêndio do Reichstag do que para uma reedição cabocla da invasão do Capitólio. Talvez seja por isso que o governo atual esteja gastando tanto para, através de mimos, convencer parlamentares a retirarem suas assinaturas do pedido de uma CPMI.

São 100 dias de insanidade, ódio, descalabro, inauguração de obras feitas por Bolsonaro, entrega de residências concluídas no governo Bolsonaro.

Assim, para quem não entende como pode um governo com este perfil “manter-se” – e some-se a isso a falta de base parlamentar, ausência de apoio popular, inexistência de um plano de governo – a resposta é simples: Lula e seu governo de ladrões tem uma emissora de TV que domina a audiência em nível nacional de norte a sul como sua fiel escudeira.

O governo Lula hoje apenas existe no imaginário de pessoas que são viciadas na visão pasteurizada de uma rede de TV que, num passe de mágica, fez voltar a vigorar a harmonia dos que pautam a vida nacional, numa omissão vergonhosa da realidade: sem picanha, com desmatamento e muita roubalheira.

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