Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

Mídia define próximos alvos – enquanto continua blindando o vice Mourão

por | 08/04/2019 | 0 Comentários

O importante dentro da estratégia de desgaste permanente do presidente é centrar fogo em nomes que os estrategistas consideram “vulneráveis”

Ainda “comemorando” a demissão do de Ricardo Vélez Rodríguez,
a estratégia da mídia é centrar fogo em outros nomes da equipe de governo como
forma de manter Bolsonaro e os escolhidos por ele sobre intensa artilharia.
Como nada é fortuito, vale registrar que o próprio Mourão já teria dito que, fosse
esse um governo dele, e ele teria escolhido outros nomes.

Esse é o jogo que a mídia vem fazendo, como se o Mourão
fosse “a voz” sensata dentro de um governo de irascíveis. O gosto de bajular e
de agradar a mídia, um traço que se revela e é alimentado, serve muito para a
estratégia de manter um sob pressão, blindando o outro.

Enquanto Mourão continua com a sua conversa mole, sendo
generosamente tratado pela mídia, há uma estratégia bem clara de quais serão os
próximos alvos do linchamento público via vazamento de informações: os
ministros do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG); da Agricultura, Tereza
Cristina (DEM-MS); do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Novo), e Onyx Lorenzoni
(DEM-RS). Basicamente nessa ordem, mas não necessariamente.

O caso do atual ministro do Turismo é ainda mais emblemático,
uma vez que a Frente do Turismo apoiou o seu nome, agora trabalha nem tão por
debaixo dos panos para que o ex-ministro Marx Beltrão (MDB-AL), o que seria
colocar um serviçal de Renan Calheiros em uma cadeira ministerial, volte ao
comando da pasta.

Dentro desse cenário, a situação do senador Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ) seria uma espécie de “bala de prata”: ele será atacado quando e se o
governo Bolsonaro conseguir demonstrar alguma resiliência política para
sobreviver ao bombardeio estabelecido.

Claro que não é por acaso que Mourão foi aos EUA poucas
semanas depois de Bolsonaro ter visitado aquele país, como também não foi
circunstancial que, enquanto o presidente fazia uma agenda em Israel, Mourão se
reunião com o pessoal da Palestina – porta-vozes de grupos terroristas – além de
acenar para os demais países árabes.

Ao manter o governo sob fogo permanente, mídia e oposição
acreditam que consigam impedir que o governo aprove o conjunto de reformas estruturantes
que o Brasil precisa. E a questão é muito simples e passa pela sobrevivência presente
e futura de ambos.

Tiroteio

– Impressionante o aparelhamento que a esquerda como um todo
implementou na máquina pública em todo país. Informação dá conta de que a esposa
de Haddad, morando em São Paulo, abocanha R$ 6.000,00 da Fundação Josué
Montello, instituição ligada a UFMA-Universidade Federal do Maranhão. Só por
acaso, vale lembrar que a referida Fundação recebe recursos públicos inclusive
do MEC, que teve Haddad como um dos “donos”.

– O clima no GDF é de guerra declarada entre os “locais” e
os “nacionais. Explica-se: com os sanguessugas emedebistas nacionais com poucos
lugares para continuarem nas proximidades dos cofres públicos – sobraram apenas
os governos do DF, Alagoas e do Pará – eles tentam tomar conta do GDF. A briga está
muito feia. E pode sair do controle assim que forem divulgados os vencedores
das milionárias licitações para a publicidade.

– Saiu literalmente pela culatra o processo de substituição
no MEC. Os nomes plantados pela oposição, alguns deles incensados pela mídia,
não conseguiram vencer a barreira do lobby. E a esquerda já se deu conta de que
Abraham Weintraub não será tão dócil às pancadas como era o ex-ministro Vélez.

– Mais luta e menos likes. O episódio do abandono de Paulo Guedes na CCJ-Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados pela base aliada deve servir de alerta: na vida real, na hora da onça beber água, ficar com live e ostentando coragem, não serve para nada. É parte do aprendizado daqueles eleitos pelas redes sociais: no mundo real, o sistema é bruto.

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