Grupos de esquerda usam o álibi de marcar greves em dias estratégicos, com o intuito de garantir um fim de semana prolongado aos “companheiros” – além de pão com mortadela, pinga y otras cositas más
Durante os anos de desgoverno e de descalabro da
cleptocracia lulo-petista, estudantes conviveram pacificamente com o
contingenciamento de verbas na educação; trabalhadores aceitaram pacificamente
reformas e os movimentos em favor da reforma agrária estava silenciados.
Não que o país vivesse em um paraíso tipo Venezuela, Cuba,
Nicarágua, Coréia do Norte ou mesmo a China – que convive com o trabalho
escravo. Apenas havia dinheiro oficial irrigando as contas de entidades
estudantis, de sindicatos e para dirigentes de movimentos populares. Havia
muita gente pendurada em conselhos – viajando de cima para baixo, sempre às
custas dos cofres públicos. Os sites e blogues ligados aos grupos de esquerda recebiam
mensalmente generosas verbas a título de publicidade.
Havia um verdadeiro estado do bem estar social dos
dirigentes de entidades, sindicatos, movimentos populares e espaços de comunicação.
Era um tempo no qual as lutas específicas foram deixadas de lado, dentro do
contexto de aproveitar tudo aquilo que o dinheiro que o cidadão entrega para o
governo pode propiciar a quem não trabalha, a quem não produz.
É importante resgatar, por exemplo, uma entrevista do
Stédile em 2009, quando ele reconheceu que a reforma Agrária retrocedeu nos
governos de Lula. O que ele não teve coragem de dizer é que a Reforma Agrária
retrocedeu, enquanto que os recursos para o “Movimento dos Sem Terra” aumentou e
de modo exponencial.
Esse fenômeno de ter muito dinheiro também aconteceu na
educação: despejou-se mais dinheiro e a qualidade do ensino só foi caindo.
O que é preciso é ter vigilância no uso dos recursos
públicos e responsabilidade em sua aplicação. E foram exatamente esses fatores
que acabaram faltando nos governos desde o advento da Nova República – quando se
instaurou o regime de “Liberdade Universitária” que é apenas um sinônimo para
encobrir a leviandade de ações administrativas.
Lembro de um cartaz nas manifestações de 25 de maio quando
um cidadão – honesto e trabalhador – disse que estava ali defendendo os seus
direitos em pleno domingo, porque durante a semana tinha o compromisso de
trabalhar.
Na verdade, falar em trabalhar para muitos que estarão em
greve na sexta é verdadeira afronta – uma razão a mais para que seja
rediscutida a estabilidade de profissionais que se esmeram na arte de lutar
apenas e tão somente por seus privilégios.
*Fogo cruzado*
– Mais uma demonstração de incompetência e de falta de
compreensão do povo da EBC sobre qual o único papel a justificar a existência
de uma estrutura pública de comunicação: a CMO-Comissão Mista de Orçamento
aprovou na tarde desta terça-feira (11) o PLN 4/19, que autoriza uma verba
extra para o governo pagar despesas correntes no valor de R$ 248,9 bilhões. Matéria
fundamental para o Governo. Uma hora depois, nenhuma linha no site da Agência
Brasil.
– Na verdade, a EBC sofre com a falta de comando. Parece que está faltando alguém com pulso para colocar os seus funcionários para trabalhar, eles que se abrigam na estabilidade no emprego. E na preguiça.
-As 1630 o site da Agência Brasil enfim noticiou o fato – sem destaque.
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