Não sei qual a sua opinião, mas, para mim, a passagem de Trump foi mais marcada pela nossa vontade de ver coisas positivas do que por coisas positivas efetivamente implementadas por ele
Com o fim desse ciclo de Trump talvez os brasileiros –
Conservadores, isentões, esquerdistas e especialistas em nada – possam se dar
conta de que o nosso País e a América Latina como um todo só interessa aos EUA
como área recreativa, como fornecedora de mão de obra e produtora de droga –
talvez sexo barato, ainda decorrência da campanha que Dória fez quando
comandava a Embratur no começo dos anos 90. O verdadeiro foco deles é a Europa
e para nosotros, alguns afagos e nada mais do que isso.
Há, mas o Trump…
Sejamos claros e sinceros… O que Trump fez de objetivo em
favor do Brasil e dos brasileiros, do governo Bolsonaro e da indústria
nacional? Nada! Nadica de nada. Mil vezes nada, porque o que os EUA querem é
saciar o umbigo deles e nada mais… E olha que o magnata poderia ter tido ao
menos alguns gestos benevolentes, mas a América latina é insignificante demais
para a magnitude da economia deles e isso é complexo demais para muitas pessoas
entenderem.
Não quer dizer que vou errado o Bolsonaro se aliar e se
alinhar a ele, até porque não lhe restava nenhuma outra alternativa. O que eu
digo é que o jeitão que os americanos negociam é aquele mesmo: no frigir dos
ovos, o que interessa é eles, o deles e o demais… que se dane…
Nosso mercado consumidor é muito restrito e estamos mais
acostumados com bugingangas Made in China do que preocupados com qualidade de
produtos. Aqui se compra grifes silcadas em fundo de quintal e o combate aos
produtos piratas é uma lenda. Nossa legislação é permissiva e as empresas de lá
não estão preocupadas com qualquer tipo de cuidado, porque sabem que podem
facilmente comprar decisões judiciais ou contornar dispositivos legais com o
jeitinho.
Na realidade a discussão maior é perfumática… a Embaixada
vai e volta, muda de nome e troca seis por meia dúzia. O que o Trump poderia
ter feito de efetivo em termos de Brasil e que não custaria nada além de um
pouco de boa vontade ele não fez, que seria eliminar a necessidade de visto e a
parafernália burocrática para quem quiser visitar os EUA – algo que nem me
interessa e nem me comove. Se ele não fez algo tão simples e banal, imagina se
ele teria interesse em tratar de mercados, acordos comerciais – só se fosse
para enfiar a faca e extorquir e taxar nossos produtos.
Mas então porque eu prefiro os Republicanos aos Democratas?
Por várias razões… mas simplificaria dizendo que considero os Republicanos
mais comprometidos com a democracia e com a liberdade do que os Democratas que
para mim são mais comprometidos com a destruição da liberdade e da democracia.
Claro que eu espero que Trump volte à casa Branca em 20 de
janeiro de 2025, inclusive porque ele é um cara muito divertido, com suas caras
e caretas, com sua inesgotável capacidade de clown e de ridicularizar cenas,
realidades e situações. Mas esperar que isso possa representar algo de positivo
para o Brasil, sinceramente não estou mais com idade para acreditar em algo
além do Papai Noel.
– de tudo um pouco –
> O ostracismo que espera Rodrigo Maia (DEM-RJ) parece
que já está mexendo com o ego do gorducho parlamentar carioca. Tem a garantia
de manter algumas regalias caso seu capacho Baleia Rossi seja o futuro
presidente da Câmara dos Deputados. Mas também sabe que não emplacando o sucessor,
inclusive vão fazer pente fino em despesas na residência oficial.
> O voto secreto pode salvar Baleia Rossi, segundo alguns
parlamentares do grupo pró-Maia. Mas a verdade é que são tantas traições que
neste momento até mesmo especialistas em avaliar cenários temem apontar quem
possa ser eleito presidente.
> Ao que tudo indica no mínimo cinco ex-campeões
brasileiros estarão na Série B em 2021: Cruzeiro, Coritiba, Botafogo, Guarani e
Bahia. Jogos de ontem aceleraram os trabalhos fúnebres do Botafogo.
> Os Conservadores querem, torcem e pedem que o Bolsonaro
não renove a concessão da Globo em 2022. Enquanto isso, o presidente não
consegue fazer com que a Agência Brasil deixe de ser um antro a serviço da
oposição. Ela, que deveria ser um contraponto na divulgação de informações,
acaba virando apenas uma a mais na fila das inutilidades.
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