Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

Na cara dura, vazador defende que crime é divulgar o que é legal. E faz pose de vítima…

por | 12/09/2019 | 0 Comentários

As ações de Glen não passam de atos criminosos cometidos por um paspalho que conta com um colchão de proteção e de conivência dentro de uma mídia porca e corrupta

O que traz em si mais credibilidade: a divulgação oficial
dos dados colhidos pelo Coaf, que agora já mudou de nome, ou então os dados editados
de interceptações criminosas vendidas e compradas no submundo da promiscuidade
e veiculadas de modo estratégico e sem autenticidade comprovada em sua
totalidade?

Para qualquer pessoa no pleno gozo de suas faculdades e do
seu juízo, a opção natural seria conceder credibilidade ao primeiro caso e
tratar o segundo apenas como ação criminosa de delinquentes cibernéticos que se
aliam no Brasil impunemente a ladrões presos e bandidos que se valem da
impunidade concedida por um Supremo que é a suprema manifestação da podridão da
estrutura do Judiciário.

Mas, o que seria natural e normal, no Brasil tenta se
inverter a lógica, e os documentos obtidos de forma criminosa e sem
autenticidade comprovada em sua íntegra – tendo em vista que foram
assumidamente editados – passaram a ter mais relevância do que fatos que foram
obtidos com autorização judicial.

Esse povo da banda podre de um Brasil promíscuo e venal tem
fortes tentáculos, ao ponto de não ser autorizada quebra do sigilo fiscal e
telefônico.

Mesmo com toda a conivência e condescendência da imprensa, o
caso remete a um tratamento totalmente distinto quando envolve alguém de
Direita ou então ou ladrão da esquerda – porque é sabido que, de uma forma ou
de outra, a imensa maioria dos parlamentares dos partidos de esquerda COBRAM um
percentual dos salários dos funcionários – que o diga a federal Érika Kokay
(PT-DF) que está sendo processada pela prática da “rachadinha”.

Desnudados, Glen defende David e não é questionado acerca
das incongruências e para justificar a movimentação milionária ele diz que além
e receber do Intercept, Glen diz fazer palestras – que devem ser iguais aquelas
que o Lula fazia e não há vídeos acerca delas; venda de livros – o que nos leva
a pensar que o imbecil pensa que os brasileiros são idiotas como os da sua
laia, e até “participação na produção de filmes – e aqui sim, sabe-se que ele
atuou como produtor de filmes de fetiches e bizarrices.

Mas Glen e David usufruem da proteção de uma mídia calhorda
e um Judiciário que se vulgarizou ao ponto de ir mudando de opinião acerca da
legalidade e da legitimidade de mensagens roubadas e correspondências violadas
ao sabor do vento, das conveniências e dos interesses nem sempre revelados.

Por mais que Glen tente defender o indefensável a verdade é
que ele, mais do que qualquer outro, está acostumado a conviver com a podridão
humana, e a sentir-se seguro entre os que militam na mesma causa.

Ficam cada vez mais evidentes as razões pelas quais aquelas
histórias de mandato de aluguel nunca foram minimamente aprofundadas nem pela
mídia, nem pelo Judiciário.

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