Estratégia do veículo paulista conta com a adesão, para repercutir, de portais e blogues com ideológicos e financeiros com os derrotados
Em uma das emissoras de rádios entre as muitas nas quais trabalhei, mantinha, entre os funcionários, em forma de chacota um mantra de ironia: se você pensou em algo novo, não se preocupe porque o dono aqui da rádio já pensou antes de você. Era interessante observar como parte da patuleia levava isso a sério, ao ponto de realmente acreditar em algo tão inverossímil.
Lembrei desse evento lá do passado ao me dar conta de uma nova estratégia de negação que a mídia brasileira, sob o comando da Folha de São Paulo, colocou como estratégia de atuação e de confrontação com o governo Bolsonaro que começa amanhã, dia 1º. Poucas coisas na vida me fascinam mais do que a estupidez humana que tem no sistemático desmerecer do outro sua única forma de sobrevivência.
Do nada, menos de 24 horas após o Bolsonaro dizer que irá autorizar a posse de arma de fogo – o que é muito, mas muito diferente de porte de arma – e a Folha já tem uma pesquisa dizendo que a sociedade é contra uma medida que tem sido cuidadosamente deturpada pelos arautos de desarmar o cidadão e dos meios de comunicação. Quando um portal abre espaço para figuras como Cristovam Buarque, Rubens Otoni e outros subprodutos do mundo real para deitarem falação, percebe-se que o desespero bateu pra valer no imaginário desse povo.
A posse legal de uma arma dentro de casa não pode ser proibida para o cidadão. Ele tem o direito de se defender e também de defender sua família e sua propriedade. Ou algum bandido entra numa propriedade rural, por exemplo, oferecendo flores? E nem estou falando das ações do MST…
Outro episódio que me remete aos tempos de vivência naquela emissora deu-se com a notícia de que o Brasil já detém o controle dos processos de dessalinização da água. Eu já escrevi, a morte do frias tornou a Folha uma nau de loucos e de donos da verdade. Eis que a mesma folha trata de mostrar que, sim – nós temos banana… melhor, usinas.
Outra vez dica patente o desejo de desinformar, de desvalorizar e de menosprezar o que se anuncia. As iniciativas que existem, incipientes, improvisadas, pequenas gambiarras tecnológicas que funcionam mal e porcamente para o sustento humano de pequenas comunidades, devem ser vistas como ações louváveis – mas que, por conta de sua precariedade (muitas delas dependem do trabalho voluntário de abnegados), não podem ser apontadas como alternativas ao que se busca em Israel.
A Folha e seus estagiários pensam que todo mundo é burro e não entende, não compreende e nem percebe como ela assumiu como propósito editorial, a negação da realidade. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Vender a falsa ideia de que uma coisa é similar a outra coisa é picaretagem e desrespeito pela capacidade mental e intelectual alheia. O que o Brasil deve buscar em Israel é a dessalinização da água do mar para mudar a realidade de todo o nordeste. Não apenas para saciar a sede, como é o objetivo dos projetos implementados no nordeste e muitos deles já abandonados.
Os dois modelos podem ser adotados, porque eles tem objetivos distintos e ninguém se admire que logo-logo aparece alguma ONG dizendo que a água do mar que o Brasil irá dessalinizar será capaz de aumentar em 13,13% o efeito estufa e contribuir para eventuais tsunamis e terremotos – algo que logo será repercutido pela Folha.
A estratégia já está clara: a cada anúncio, a cada medida de Bolsonaro, a Folha e alguns veículos que continuam acreditando em teorias de conspiração e duendes que pululam em seu imaginário que não consegue aceitar a derrota das urnas, tratarão de dizer: ah, mas isso o PT já criou…
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