Nestes dias de muitas e profundas mudanças em nível de comando e de poder, tenhamos cuidado para não sermos traídos pela paixão que, via de regra, serve para nos cegar ou inebriar diante da realidade – quando buscamos mais alento para os nossos desejos do que informação para a nossa necessidade.
Confesso que tenho imenso medo dos analistas de desejos, porque eles possuem uma capacidade de requentar fatos que os tornam mais aptos a serem roteiristas de hollywood do que prosaicos comunicadores ou mesmo jornalistas. E o que não falta nesta prateleira de roteiros são situações reais – que por si só já trazem uma gama de opções e supostas informações.
Tenho tido cada vez mais cuidado ao noticiar algo, ainda que isto me leve a perder seguidores ou net-espectadores. Mas, mesmo com estes cuidados, todos nós estamos sujeitos a escorregar em cascas de banana. Assim, cabe aprender que precaução continua sendo um bom e inestimável conselho.
E não se trata de pessimismo, mas sim de percepção da realidade. Ou de uma forma de ler e analisar as notícias – sempre com paixão pelo jornalismo, mas sempre me colocando alguns passos abaixo do fato e assim tentar ver melhor.
Enquanto brasileiro, claro que eu gostaria de compartilhar o otimismo daqueles que acreditam que a simples posse de Trump irá mudar nossa caótica realidade de um país submetido a uma ditadura que foi sendo tecida e urdida ao longo de décadas, com a cooptação pela esquerda, pelo narco e pelo crime organizado e que hoje controlam e comandam todos os organismos da sociedade.
De minha parte, prefiro acreditar que a tarefa de reconquistar e reconstruir o nosso país cabe a nós, brasileiros. E tenho insistido que isso somente poderá acontecer quando nós tivermos a ousadia de reconquistar a nossa família e a partir de cada núcleo familiar podermos restaurar os marcos civilizatórios que, ordinariamente, foram rompidos e abandonados.
Mas a família é apenas o passo inicial, porque foi a partir da implosão da estrutura pessoal que eles se inseriram e passaram a destruir toda a engenharia social que nos trouxe como civilização até aqui. E vou lhes contar: se tivermos êxito em reconquistarmos a célula mater, mais de 50% do caminho estará delineado. Porque os passos seguintes implicam na reconquista do papel das escolas, dos grupos de jovens, das igrejas, dos colégios e, só depois, das faculdades – com a recriação de um ambiente acadêmico saudável, onde o respeito à pluralidade tenha prevalência sobre a cega obediência e culto da diversidade.
Tenho para mim que a reconquista da célula familiar e a restauração dos valores mínimos de civilidade servirão também para que a TV e seus subprodutores deixem de ter e de ser a centralidade da vida, fazendo com que as pessoas voltem a fazer as refeições em prosaicas mesas familiares e não sentadas, como patetas, diante de um televisor.
Mas eu sei que isso é desagradável de escutar e de ler.
Claro que eu sei que é muito mais fácil continuar terceirizando a responsabilidade pelo caos, esperando um novo futuro que o Trump, na cabeça de muitos, irá trazer.
De minha parte, vou continuar lembrando que Trump foi eleito presidente dos USA e que na lista de prioridades do seu governo, seguramente o Brasil e os brasileiros serão deixados para quando o serviço bruto tiver acabado. Se é que um dia irá acabar…
É uma tarefe bastante árdua, principalmente para quem tem filhos em idade escolar, uma vez que foi um dos primeiros redutos que a esquerdalha resolveu aparelhar. Depois veio o judiciário, FFAA, IBGE, Receita Federal, etc. E para desarmar essa bomba serão necessários, no mínimo, uma década. E não vejo o povo brasileiro com “vontade” de fazer alguma coisa. Fomos desarmados física e emocionalmente, o brasileiro é um povo sem noção de patriotismo, salvo alguns, sem respeito aos símbolos nacionais e, o que é pior, sem respeito por si mesmo.
Muito obrigado por seu comentário, meu caríssimo Joaquim.
Mais do que vencer os desafios, penso que, como você bem colocou, o desafio maior é enfrentar o desafio…
Como professavam os de antigamente, “curto e grosso” e em poucas palavras expressa uma verdade nua e crua que bem define a verdadeira realidade de nossos dias atuais que muito bem serve de baliza para destrinchar o âmago da vontade de um povo, em grande maioria, se fazendo submisso em relevante apatia cabisbaixa a esta triste realidade.
Pois é, nosso pior inimigo é nossa apatia. O povo caminha no brete mascando chiclete e curtindo reels…
Sair da zona de conforto demanda abrir mão de muitas coisas…
Alfredo, estou procurando entender como a sociedade brasileira, se deixou levar por essa armadilha do sistema.
Faltou-lhes muita personalidade para enxergar tais movimentos, lamentável.
Abraço…
É a mania de terceirizar a responsabilidade que conduziu o povo brasileiro para este brete.
Concordo plenamente com você Mestre Alfredo l! Mas o Brasileiro não acordou p a realidade@
Precisamos acorda los embora vejo muitos espertos p os acontecimentos,! Os Brasileiros têm q sair as ruas e não sair enquanto a situação não estiver resolvida! Tipo da Dilma..acho q qdo Trump entrar mesmo q não possa fazer nada ,eles ( nós Brasileiros) terão mais segurança! Enfim ,esse é meu pensamento! Q Deus nos ilumine e nos dê a coragem q faltam! Bjinhus meu mestre! Oro p vc aguentar aí.. e q logo tudo acabe e vc volte p sua família, q és nossa base!
Senhor Alfredo, vamos todos juntos! Somos responsáveis! Conte comigo!
Compartilhando matéria – importantíssimo consciência e atitude! Grande abraço
O que mais me deixa P da vida é ouvir certas pessoas.
” Quero minha vida de volta”
Me pergunto, que vida ela quer de volta???
Um povo que não sabe seu verdadeiro passado, e não sabe o que é liberdade, está fadado a escravidão eterna.
Misericórdia meu Senhor Jesus, pelos despertos.🙌
E o preço da ignorância.