Vivemos um tempo no qual as pessoas são levadas ao silêncio para não confrontar ninguém e evitam manifestar qualquer negativa para não melindrar pessoas excessivamente sensíveis. Afinal de contas… não está na hora de chutar o politicamente correto?
Sempre fui um devorador de livros, cervejas e notícias – não necessariamente nesta ordem, até porque, por circunstâncias, podemos ser levados a ampliar o leque de prioridades e abandonar alguns enfoques pelo eixo central que é lutar pela liberdade da circulação de informações.
E quando me debruço sobre este desafio me dou conta do quanto o ser humano tem medo de saber o que acontece ao seu redor. Diria, sem medo de errar, que as pessoas de modo geral têm medo da realidade e buscam zonas de conforto emocional. E uma das mais perversas dessas zonas é viver desconectado dos ruídos assustadores e dos sons maravilhosos da vida e mergulhar em um mundo do faz de conta. Existem pessoas – e são a maioria dentre nós! – que deliberadamente optam por viver abduzidos e hipnotizados por milhões de cores que o ecran do televisor joga para dentro do espectadores como que consome doses diárias de opiáceos para se manter alheio do mundo real.
E, observe, aqui nem entra em conta o conteúdo – porque para manter as pessoas conectadas, hoje as televisões já não produzem notícias – simplesmente entregam a informação que deveria ser jornalística como um produto de marketing. Ao transformar tudo em uma escalada estratégica de desinformação, a mídia está apostando em entorpecer cada vez mais as pessoas, para que elas não ousem se rebelar e ver o que realmente acontece um pouco além do próprio nariz.
Por falar em nariz, muitos nem sabem mais o que significa a velha e ancestral expressão de “ser dono do próprio nariz” porque, sem nos darmos conta, a mídia, o sistema ou como quer que chamemos, já se tornou proprietário dos nossos sonhos. Estamos cada vez mais próximos de entregarmos definitivamente tudo na mão de terceiros, porque o comodismo que existe em cada um de nós agora já virou sinônimo de segurança.
E este ser humano, que foge de Deus que deseja apenas o seu bem e a sua salvação na vida eterna, entrega sua alma para o demônio em suas múltiplas caras e trejeitos. Lembre-se: Deus é um só, mas o diabo tem a capacidade de transmutar-se em muitas formas e apresentar-se de modos sedutores, sediciosos e sempre a instigar-nos a abandonar o Divino com suas regras. O demônio, a exemplo da esquerda, é camaleônico e se achega a cada um de nós com as propostas que o nosso inconsciente quer para se manter “em paz”.
E o que eu vejo, leio e acompanho no dia-a-dia é tudo, menos pacificador da alma ou dos sentidos. É perceptível que a gana destruidora das forças do mal prevalecem, não pela quantidade, mas por serem barulhentas e possuírem mecanismos de repercussão mesmo sendo minoria – como em um macabro labirinto de espelhos como bem foi retratado por Herman Hesse.
Mas como vencer estas forças? Tendo mais coragem do que eles. Principalmente coragem de dizer não para as seduções e as armadilhas que armam ao longo da estrada da vida de cada um. Rebelar-se é hoje dizer não a tudo que eles propõem.
Lembre-se: hoje, o verdadeiro revolucionário é o Conservador, é o Cristão. É aquele que tem coragem de dizer não. Por falar nisso: você tem coragem de dizer não ou precisa primeiro pedir licença para seus amigos e assim não melindrá-los?
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