Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

Confesso que é de dar nojo: a esquerda não respeita sua própria dor

por | 10/07/2019 | 0 Comentários

Leio compilação de mensagens de gente supostamente de esquerda e em lugar de tratarem a morte de Paulo Henrique Amorim como um incidente da vida, usam as redes para culpar Bolsonaro

A morte do jornalista Paulo Henrique Amorim aos 77 anos, de
enfarto, mostra mais uma vez a finitude da vida e os limites nem sempre
respeitados dessa maquininha chamado corpo humano. Nada sei de seus hábitos de
consumo, mas a verdade é que aos 77 anos é óbvio que todos nós que chegarmos a
tal idade já nos devemos considerar privilegiados por termos alcançado um
patamar acima da média nacional.

Ainda hoje pela manhã, trocando mensagens com o jornalista
Orçando Pontes, aqui de Brasília, falei de minha curiosidade em saber como as
redes sociais iriam repercutir a morte de PHA, tendo em vista sua extrema
vinculação com os governos da cleptocracia lulo-dila-petista, dos quais recebia
generosas verbas publicitárias mensais para manter seu espaço “a serviço da
causa”.

Minha curiosidade – e preocupação – estava ligada aos
episódios envolvendo a morte de dois artistas identificados com a Direita e que
mereceram toda sorte de absurdos e horrores por parte de militontos da
esquerda. A despeito de termos pontos de vista divergentes, tenho com Orlando
uma longa amizade que me permite por vezes provoca-lo, como por exemplo na
minha incompreensão de que seu jornal nunca tenha tratado o crime do casal de
lésbicas que mutilaram o menino Rhuan, aqui em Samambaia.

E o que acabei percebendo é que coube a própria esquerda, de
quem PHA era uma espécie de guru muito bem pago, buscar insinuações que revelam
o quão perversa é capaz de ser a alma humana, em que nível de estupidez e de bestialidade
alguém pode chegar – pelo visto, sem fazer esforço.

O mínimo que li, de vozes da esquerda, é que o responsável
pela morte de PHA foi o governo Bolsonaro – por supostamente ter pressionado a
direção da Record a afastá-lo de um programa aos domingos que, confesso, jamais
assisti.

É uma mistura de simplismo com leviandade – porque ninguém
quis saber se ele já tinha algum antecedente médico, algum episódio doentio ou
algo assim. No dia de hoje, quantas pessoas morreram de enfarte – talvez por
questões bem mais cotidianas, como a pressão por contas atrasadas, por empresa
em dificuldades, por filhos com problemas, por desavenças familiares.

Pelo que sei, PHA continuava empregado, recebendo generoso
salário e arrecadando um valor considerável mensalmente de entidade sindicais
para manter seu espaço Conversa Afiada na internet – algo que lhe dava uma aura
entre a esquerda, a despeito das centenas de processos que foi colecionando ao
longo dos anos. Inclusive é muito estranho que a esquerda vangloriasse alguém
que tinha sido condenado por racismo – mas é parte do cenário de contradições,
uma vez que o grande ídolo atual, Verdevaldo, advogou de graça e por cinco anos
para um nazista nos EUA.

As declarações do povo da esquerda – que podem ser lidas no print abaixo – mostram claramente que além de estarem sem rumo político, perderam totalmente a noção de respeito pelo próximo. Algo que tem se transformado em triste rotina.

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