Pode parecer estranho e contraditório, mas a soltura de Lula e de outros cinco mil criminosos de periculosidades diversas e crimes que vão de estupro ao roubo (tipo Lula, Eduardo Cunha, etc) reunificou os movimentos sociais em torno do governo Bolsonaro e de sua pauta econômica e de costumes…
Estive no sábado, igual a milhares de brasileiros em várias
partes do nosso país, na manifestação de repúdio pela estapafúrdia decisão do
STF que colocou na rua a quem aquela casa devia e deve favores e, de lambuja,
outros milhares de criminosos.
Mas vou na contramão do discurso simplista de quem atribui
tudo ao STF, ainda que esse hoje seja hoje o grande defensor da impunidade, da
corrupção e da bandalheira. Deixou de ser uma corte constitucional e se
transformou em um balcão de negociatas.
Mas é preciso ser honesto e deixar bem claro que o STF só
adquiriu esse protagonismo por conta da reiterada e sistemática omissão dos
deputados federais e dos senadores – que costumam ser movidos pela pressão
quando da proximidade de eleições e por interesses nem sempre republicanos no
restante do mandato.
O próprio PSL, partido do presidente Bolsonaro, se porta e
comporta no mais das vezes com a mesma mentalidade que é filosofia da turma do
Centrão: barganhando espaços de poder e não raro se posicionando contrapropostas
do governo pelo qual todos foram eleitos.
Desde março de 2018 tramita na Câmara dos Deputados, e
dormita nas gavetas imundas da CCJ-Comissão de Constituição e Justiça presidida
pelo rechonchudo Francischini, que é do PSL, a PEC 410. Apenas para clarear,
PEC é uma Proposta de Emenda Constitucional que demanda uma tramitação demorada
e exige quórum de 3/5 para sua aprovação, ou a bagatela de 308 deputados
federais em duas votações e 49 senadores – igualmente em dois turnos, isso
depois de tramitar em comissão especial.
Acuados pela pressão popular, os mesmos que se omitiram
dessa questão durante meses e mais meses querem agora demonstrar um
comprometimento que me soa mais cínico do que cívico.
Acompanho a vida parlamentar do Brasil aqui em Brasília
desde 1987, sou fervoroso adepto da democracia e da soberania do povo, mas devo
confessar para você que me acompanha aqui diariamente: a despeito das aparentes
elevadas taxas de renovação que acontecem a cada eleição, fico com a impressão
de que os eleitores costumam, via de regra, mandar o que de pior há na
representação política de seus estados. E isso vale para o pessoal da direita,
do centro e da esquerda.
Por falar em eleições, sempre é importante destacar que em
2020 teremos eleições municipais – e mais do que eleger prefeitos, vices e
vereadores, os deputados federais e senadores intervém nessas eleições para que
o povo eleja cabos eleitorais deles, uma vez que os compromissos assumidos nos
pleitos municipais implicam em apoio para 2022.
São tempos sombrios os que vivemos, mas também são tempos de
fortalecer a confiança e a fé de que não há cabimento, nem humano e nem
espiritual, de aceitarmos que o mal sempre prevaleça, sempre seja o vitorioso.
QUICANDO
* Sites, jornais digitais e impressos e revistas digitais se
anteciparam e começaram a solicitar autorização para replicar o conteúdo aqui
do blog – algo que eu pensava operacionalizar a partir de março de 2020.
* Pressionados e acuados, deputados e senadores ao que
parece irão tirar a bunda dos assentos confortáveis e tratar de botar para
andar as propostas que visam restaurar, tanto na Constituição quanto no Código
de Processo Penal, a prisão após julgamento em 2ª Instância.
* Mas só irá funcionar se eles, os parlamentares, sentirem o
bafo na nuca – inclusive em voos, restaurantes, festas familiares, etc.
* Caiu o narco-presidente da Bolívia. Impressionante como o
povo da esquerda tem fixação por bandido – lembrando que o CV foi idealizado,
formado e treinado por guerrilheiros esquerdistas nos anos 70.
* Sobre Evo: sua 3ª reeleição já tinha sido garantida por
fraude – mas os esquerdistas Brasil, Venezuela e Equador não permitiram que a
OEA auditasse nem as eleições, nem as metodologias de apuração e muito menos os
boletins de urnas. Chega ao fim a carreira de mais um narco-ditador.
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