Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

Derrotada, esquerda vai manter polarização para alimentar clima de 3º turno

por | 15/10/2018 | 0 Comentários

Os dados apontados pelas pesquisas tornam inexorável a marcha das eleições no Brasil, numa onda que a tudo traga

Diante da eminência da derrota, segmentos sociais ligados ao chamado campo popular-progressista pretende manter a polarização viva nas redes sociais e também nos meios de comunicação. Através de grupos privados de whatsapp, muitos defendem que, mesmo coma  derrota em 28 de outubro, se mantenha o enfrentamento pelas redes sociais, sem a desativação dos grupos de atuação.

A percepção é que pode-se fazer, em maior grau, o movimento que Aécio Neves liderou depois da sua derrota para Dilma Roussef/Michel Temer no 2º turno das eleições de 2014: não reconhecer a vitória e martelar ao máximo eventuais conflitos que ocorram. Enfatizam, inclusive, que é preciso manter uma boa política com os correspondentes de jornais, portais e revistas estrangeiros e, na medida do possível, alimentar amigos no exterior com notícias chocantes de fatos que aconteçam no Brasil, ainda que não tenham nenhuma relação com a eleição.

Exemplo dessa ação está na ampliação e na repercussão de assuntos regionais ou de alcance limitado, fazendo com que passem a transparecer como uma realidade cotidiana de um Brasil mergulhado no caos e na violência.

A divulgação de pesquisas ao longo da semana – começou com os indicadores da BTG, passando pelo cenário que a Paraná Pesquisas relatou de São Paulo, maior colégio eleitoral do País com mais de 33 milhões de eleitores – pode acelerar a definição de estratégias ainda antes do 2º turno, buscando o confronto e a judicialização e divulgação na imprensa e nas redes sociais de qualquer evento.

Claro que a campanha de Bolsonaro também não ajuda, porque ainda hoje, na tentativa de agradar ao mercado –essa figura onipresente e que é justificativa para toda e qualquer insanidade na economia – “posto Ipiranga alardeou que irá zerar todas as alíquotas para importação. Claro que isso provoca euforia em um primeiro momento ( produtos que importamos, barateiam ) mas você quebra vários setores – gerando desemprego, perda de arrecadação, etc – e  só sobrevirão os monopólios ou oligopólios. Depois, reclamam quando Bolsonaro manda o tal de Paulo Guedes e o vice-general calarem a boca…

A estratégia está sendo desenhada por um grupo que até mesmo alguns petistas estão chamando de “Gabinete do Mal”. 

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