Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

Em educação, não existe aprendizado e nem aprendizagem sem disciplina

por | 14/01/2020 | 0 Comentários

É perceptível, em qualquer conversa com professores ideologicamente comprometidos, mas ainda assim capazes de alguns lampejos de lucidez, o desconforto com a falência do modelo de escola que eles aprenderam a cultuar como ideal…

Não é só por
conta da idade, mas sempre considerei um risco que certos preceitos fossem
deixados de lado, fossem considerados obsoletos e abandonados por novos
parâmetros apenas pelo fato de que algumas pessoas assim quiseram, acharam
necessário ou se pensaram geniais. Tem uns versos do Jayme Caetano Braun que
retratam essa questão quando ele diz: “Não vou matar meus avós/ para ficar de
bem com os netos”.

E digo isso por
conta da celeuma sobre a decisão do governo de repensar a questão da disciplina
em salas de aula e dentro das escolas como um todo. Na minha opinião, nada é
mais revelador acerca do estágio no qual se encontra a educação brasileira do
que a banalização de notícias dando conta de professoras, principalmente, sendo
agredidas em sala de aula – ainda que não seja apenas com elas que isso
aconteça.

Observe o nível
da covardia, porque muitas vezes o mestre está sentado e o aluno vem e o agride,
noutras vezes está de costas para a turma e é alvejado. E há um sentimento de
cumplicidade dos demais alunos – quer por concordarem ou por silenciarem de
medo. E são cenas que viralizam nas redes sociais – tornando os seus autores
muitas vezes absurdas subcelebridades do submundo no qual habitam.

Eu não tenho
informação e sei que não existem pesquisas acerca deste tema, mas me pergunto
se os alunos gostam desse clima de licenciosidade, de desrespeito e de
perversidade que foi tomando conta do ambiente escolar. Não digo de modo geral,
porque obviamente que há um sentimento de preservação e ninguém vai querer
confrontar abertamente as gangues que atuam em muitas escolas, mas a minha
dúvida está voltada e centrada para aquela parcela de jovens que realmente
sabem que o estudo é a única porta, o único caminho para que tenham condições
de construir um futuro melhor.

Tenho muitos
amigos, amigas e familiares que atuam no magistério, tanto quanto professoras
ou orientadores e sinto a dificuldade que essas pessoas têm em enfrentar a
questão, como se tivessem um certo receio de dizer que a destruição da escola
como referência no processo de formação das pessoas tem, sim, a ver com a
estratégia de destruição da família que os partidos e governos de esquerda
foram implantando nos últimos anos.

Por vezes tenho
a clara sensação de que as pessoas não conseguem aceitar que algo que é bonito
no papel, dentro da academia ou em suas formulações téoricas do ponto de vista ideológicas,
se revela uma verdadeira catástrofe na vida real. A educação brasileira está um
lixo e percebo, assustado, que muitos doutos educadores não conseguem aceitar
que a raiz da destruição da escola está na adoção de Paulo Freire como
referência do processo pedagógico. Mantê-lo como padrão e referência é um
embuste – e é preciso desmascarar os adoradores dele, lembrando que ao
contrário do que dizem, seu método não é aprovado ou utilizado em outras partes
do mundo e o fato dele ser o educador brasileiro mais citado e referenciado
mostra apenas o viés ideológico da Academia, aqui considerada como a parte
pensante das universidades.

Por isso apoio
a implantação não apenas de escolas cívico-militares, mas também de colégios
militares, porque é preciso restabelecer um conceito de ordem, de respeito, de
disciplina e de valores. Porque manter o clima de desrespeito e de balbúrdia
que hoje domina a educação brasileira só serve de bandeira para os cultuadores
do caos.

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