Na exata medida em que o cerco vai se fechando contra as pessoas, da mesma forma estas mesmas pessoas sentem-se fortalecidas para se manterem no embate em defesa dos seus ideais. Resta saber quem levará a melhor
É claro que a gente sempre fica com receio e medo de que
coisas estranhas e fora do roteiro aconteçam de repente, porque eu sempre
costumo dizer: vivemos tempos realmente muito, mas muito diferentes. Sofremos
com a tirania de ditaduras que para se defender costumam dizer que são espaços
de defesa da democracia. E são tantas estruturas que muitas vezes nem
percebemos o quanto elas nos vigiam, o quanto elas mandam na gente e o quanto
elas precisam proibir que nós façamos o justo enfrentamento em defesa do
direito de sermos livres, de continuarmos cristãos e defendendo os valores da
civilização.
Não. Não estou sendo nem trágico e nem leviano. Observem e
verão o quanto nos cercam e o quanto lutam para que a nossa voz seja sufocada.
Buscam eliminar todos os espaços de liberdade – e para isso se valem da
usurpação de conceitos, da imposição de discursos e da disseminação do medo e
do temor como normas aceitas e como formas sistemáticas de adestramento social.
Estão tirando de nós todos os nossos mais elementares
direitos, dentre os quais o de ir e vir – impondo padrões de quarentena de modo
indiscriminado, de modo rasteiro e que já se revela totalmente incapaz de
conter a chamada pandemia. Os governantes adoram assumir a imagem de que podem
atuar como xerifes do velho oeste, onde era deles a primazia da lei e de sua
aplicação segundo códigos muitas vezes não escritos.
O que me preocupa é que tais decisões são tomadas por
pessoas que não precisam fazer o enfrentamento dos desafios do dia a dia. Não
há nenhum risco para atraso salarial de juízes, de deputados, de vereadores, de
prefeitos, de secretários, de governadores. Eles estão acima do bem e do mal.
Eles não precisam se sujeitar a viver com privações, cor orçamentos exíguos, em
casas superlotadas com seis pessoas e que abrigam mais de 15. Não atinge a eles
o desafio de buscar a sobrevivência, onde cada refeição é uma conquista diária
que se constrói com privações e com o suor no rosto.
É enojante perceber como estes segmentos foram ocupando os
espaços da verdadeira vida humana e ainda existem aqueles que falam em
cidadania, ainda que em sua ação cotidiana nada mais fazem do que negar a vida.
Observe a contradição e sinta-se verdadeiramente
envergonhado: Lula tem 30 anos de cadeia já em 2ª Instância e ainda espera mais
alguns julgamentos. ZÉ Dirceu ostenta 70 anos de condenações e flana pelo
submundo da política e da vida nacional, conspirando e disseminando o ódio. E
foram condenados por falcatruas de toda sorte, incluindo desvios financeiros de
muitos milhões.
E os dois estão não apenas livres, mas viraram funcionários
do PT pagos com verbas do Fundo Partidário – que existe a partir dos nossos
recursos que entregamos na forma de taxas, impostos e tributos. Mas o
Judiciário sempre tão generoso com esta estirpe de criminosos, centra suas
baterias contra quem comete o insano crime de lutar pela liberdade.
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