Há uma nova estratégia em curso: sensibilizar os ministros do STF de que a “prisão” está deprimindo e matando Lula
Por Alfredo Bessow
A despeito das sucessivas citações em delações, da soma de circunstâncias que revelam a velha astúcia de dirigente sindical em esconder movimentação de dinheiro e de ocultação de patrimônio, o PT continua lutando para tirar Lula da cadeia. Como não consegue por argumentos ou artimanhas jurídicas, a nova jogada: o apiadamento.
Ao mostrar um Lula decrépito, decadente e fazendo o papel de bobo que nem sabe do que está acontecendo ao seu redor, os seus estrategistas acreditam que essa imagem de abandono pode amolecer o coração do povo do Supremo que lá foi posto por ele e sua sucessora.
Deste modo, um Lula alquebrado, com aspecto de deprimido ou pós-cachaçada indica, além da percepção de que os dias vindouros de Lula não serão nada fáceis – porque já é mais do que chegada a hora dele ser removido da cela confortável da PF em Curitiba (quase um flat privativo, com entrada liberada 24h por dia) para algum presídio onde ele passe a cumprir a pena decorrente de seus malfeitos e sua participação (mesmo que seja por omissão) do cotidiano processo de saque aos cofres públicos, a dilapidação do patrimônio dos fundos de pensão, as tramoias na contratação de serviços e na irresponsável ampliação da rede de embaixadas, por exemplo, apenas para facilitar negociatas com grupos econômicos por ele indicados.
É folclórico o livro bíblico de Inventares, tantas e tantas vezes usado e citado por pastores e políticos para demonstrar uma erudicação e um conhecimento religioso. De repente, os advogados e simpatizantes de Lula encontram em algum código algum artifício legal similar áquele do qual se valem fariseus e hipócritas. De repente, em lugar de ler “pena” como condenação, os petistas pdoem estar entendendo “pena” como apiedamento…
Resta saber se a estratégia dará certo ou se ele irá passar alguns dias em algum presídio comum…
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