Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

No 1º de abril, nós viramos reféns do nosso medo de ter esperança

por | 01/04/2020 | 0 Comentários

Não estará faltando ousadia a que nós, enquanto cidadãos, nos rebelemos contra um confinamento baseado em achismo e que nos trata como gado a caminho do abate?

Quer dizer que passamos o ano inteiro esperando o 1º de
abril, tentando montar histórias para pegar os amigos e do nada nos tiram este
prazer? Cá entre nós… vamos ficar com saudades até mesmo daquelas
brincadeiras estúpidas, que enchem o saco e que os mesmos amigos de sempre
tentam “aplicar” a cada ano, mesmo sabendo que todo mundo já sabe.

Será um 1º de abril sem graça, sem esse lado mais
irreverente e até mesmo sarcástico que faz parte da nossa brasilidade feita de
tantas privações, de tantos medos e de tantas coisas que foram tirando da gente
ao longo do tempo. Fomos induzidos a ter medo de nos relacionarmos, fomos
impedidos de termos sonhos e agora, teimosamente, querem que aprendamos a viver
sem esperança.

Eu já nem sei
mais onde tudo isto vai parar!

Claro que eu
não quero, que eu não espero e nem desejo voltar aos tempos de procurar os ovos
de páscoa, que um imaginário coelho tenha distribuído e escondido em lugares da
casa, do quintal.

Mas é
inconcebível que nós tenhamos sido reduzidos a uma massa de manobra, sem que
tenhamos informações sobre aquilo que é usado para nos amedrontar. É uma
sensação como quando eu morava ainda lá na Linha Palmeira e via os relâmpagos
por alguma fresta não coberta da janela e escutava os trovões tentando entender
do que efetivamente se tratava. E ficava imaginando o que havia por trás de
estrondos e sons aos quais eu tentava dar algum sentido de vida dentro dos meus
parâmetros de uma criança de quatro ou seis anos.

O vírus chinês
tem sido usado para nos infantilizar, essa é a verdade.

Usam o vírus
chinês como um perigo sempre à espreita, como um irmão onipresente sempre
disposto e capaz de nos vigiar, punir e comandar se vamos continuar vivos ou
não.

Para mim,
trata-se de um exercício de um modo de poder que tenha como objetivo fazer com
que aquiesçamos em sermos controlados pelo medo da morte – quando, por exemplo,
só em 2020 já morreram mais de 10 milhões e 614 mil seres humanos por aborto. E
fica essa histeria quem, volto a dizer, para mim, é um exercício de um poder
totalitário que esteja acima do estado, do cidadão e de Deus.

É algo ao mesmo
tempo assustador e estarrecedor porque fomos condicionados ao medo, ao mesmo
tempo em que seguimos indiferentes as mais de 337 mil pessoas que já morreram
em 2020 em acidentes de trânsito no mundo.

E estes
números, não são primeiro de abril…

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