Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

No Brasil, a estupidez ocupa o lugar da civilidade e os esquerdopatas aplaudem

por | 06/02/2020 | 0 Comentários

Não é uma questão de divergência política, mas de revelação do caráter putrefato de pessoas que, em nome de uma suposta liberdade, fazem da escatologia a representação do seu universo cultural

Não sei se você,
estimado leitor, tem tido estomago para escutar as agressões que partem de
pessoas que supostamente possuem uma condição mental, intelectual, cultural e
mesmo financeira muito acima da média dos chamados “bem de vida” que vivem no
Brasil. Eu creio que as divergências e diferenças fazem parte do processo da
vida, porque elas se constroem na tomada de posições, na defesa de postulados
ou na necessidade de desconstruir a argumentação e a linha de raciocínio do
adversário, do inimigo e do rival.

O que me
preocupa é que um povo contrariado em seus hábitos foi transpondo limites de
civilidade de um modo abrupto. Lembro que, não faz muito, “apareceu” um
desequilibrado dizendo que seria necessário, oportuno e louvável que alguém
estuprasse e violentasse sexualmente a ministra Damares.

Ninguém precisa
gostar da ministra, mas o nível de violência contra uma mulher de 55 anos – e
não pense que há menos de barbárie e estupidez se ela tivesse 15 ou 30 anos –
que tem como único crime ser ministra do Governo Bolsonaro, é algo que deveria
ser motivo de reflexão, medo, pavor e vergonha.

Mas o que dizer
se essa manifestação e incentivo ao crime serviu como uma espécie de incentivo
para que outras violências viessem à lume, inclusive por não ter sido tratada
adequadamente do ponto de vista criminal e por não ter causado a indignação e
feminazis e mulheres que supostamente lutam em defesa das mulheres e dos seus
direitos?

Atacar de forma
covarde, de sorrelfa, quem você não consegue alcançar culturalmente e que está
em um patamar ético acima do seu, é uma manifestação doentia da incapacidade de
conviver com a adversidade. E daí a gente consegue entender, sem jamais
aceitar, o ódio e o rancor de pessoas como o advogado Kakay, conhecido por
defender bandidos da pior espécie; como o pseudo-escritor Paulo Coelho; o verme
humano de José de Abreu, um ator global, ou Petra – a neta do dono da Andrade
Gutierrez, uma das empresas mais sujas e mais ordinariamente envolvidas em
esquemas de corrupção, lavagem de dinheiro e suborno aos agentes públicos. Na
verdade, são figuras que descarregam toda sua impotência existencial, sua
percepção de fracasso e de temor diante de uma realidade em mudança, sobre
figuras femininas – no caso, a ministra Damares e a atriz Regina Duarte.

E por que fazem
isso, inclusive com a cumplicidade da mídia?

Fazem porque não
passam de escrotos e covardes, de estúpidos que perderam a conexão com a
realidade e desejam e sonham com o aniquilamento – inclusive pelo estupro – de
quem sabidamente é mais capaz do que eles. Quando criticam, xingam e agridem
Damares e Regina Duarte, em certo sentido agridem a todas as mulheres honestas,
dignas, trabalhadoras e que possuem uma visão conservadora da sociedade. E
agridem porque sabem que perderam o embate – ao mesmo tempo em que contam com o
apoio da mídia, a omissão do judiciário e a vergonhosa, covarde e reveladora
cumplicidade de estruturas que em lugar de defender a vida e a liberdade,
servem apenas como palanques oportunistas ao dispor de canalhas.

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *