Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

No Brasil, revistas semanais fazem convergência de pauta para atacar governo

por | 12/05/2019 | 0 Comentários

Com dificuldades financeiras crescentes, as revistas semanais lutam para manter poder de influência sobre segmentos da vanguarda do atraso

Não tenho por hábito pessoal a mania de idolatrar humanos,
porque eles sempre são passíveis de nos causarem frustrações. É uma
característica alemã que eu carrego, reduzindo minha veneração apenas para
Jesus. Os demais, admiro com o cuidado e as reticências que, se não evitam as
decepções e os desenganos, ao menos não me levam ao desespero da frustração e
da sensação de traição.

No começo de sexta-feira recebi, como acontece todas as
semanas, o pdf das edições das chamadas revistas semanais aqui no Brasil –
verdadeiros think tanks a serviço da desinformação e da manipulação. E fiquei
estupefato por algo que, para um calejado jornalista, é a negação do jornalismo
e não se trata de acaso ou de pobre coincidência: elas abordavam o mesmo tema,
sob a mesma ótica jocosa e com matérias igualmente desprovidas de conteúdo. Ou,
se quisermos ser mais simples, de algo que justificasse a centralidade da
pauta.

O que se percebe é a existência, formal ou informal, de uma
central que coordena esse trabalho, essa cruzada – porque em todas as
publicações o enfoque é o mesmo: atacar o governo Bolsonaro, como forma de
alimentar um antagonismo externo para fragilizar a ação do próprio governo e
assim torná-lo presa mais fácil da ação perniciosa do fisiologismo do Congresso
Nacional.

Não tenho propensão a acreditar na infalibilidade humana,
mas meu instinto diz que há muito mais coisas podres sendo urdidas por esse
grupo do que a simples convergência editorial de um fim de semana.

O que os veículos fizeram de comum acordo foi escolher um
poste para não abordar o que realmente interessa e de importante está
acontecendo, como o anúncio de uma devassa contra a promiscuidade que hoje
tomou conta do meio universitário nos chamados cursos de humanas, sob o comando
de inutilidades como filosofia e sociologia, que sós e sustentam se bancados
com recursos públicos.

Deliberadamente se misturam alhos com bugalhos para que os
feudos da bandalheira se mantenham intactos e os guetos continuem acessando de
modo indiscriminado os recursos públicos para alimentar e financiar suas
políticas afirmativas.

As revistas atuam de forma leviana para desviar o foco e não
mexer no seu exército de zumbis drogados, sempre dispostos a mostrar a bunda –
pela absoluta falta de conteúdo absorvido e de conhecimento gerado.

E tudo isso com recursos públicos, que acabam fazendo falta
em áreas que efetivamente interessam ao Brasil e aos brasileiros, como nos
cursos da área de saúde e engenharias.

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