Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

Por que, de repente, a mídia “despautou” o caso Marielle do noticiário?

por | 13/05/2019 | 0 Comentários

A morte de Marielle seguiu um padrão típico das mortes da esquerda, perfil similar ao caso Celso Daniel; ou dos chamados tribunais revolucionários que a guerrilha brasileira promovia…

Faz dias que não leio “novidades” requentadas sobre a morte
de Marielle. Até mesmo das páginas da Agência Brasil – e a EBC é um depósito de
esquerdistas com estabilidade – o assunto sumiu, deixou de ser relevante.
Percorro os fóruns sobre direitos humanos, busco intervenções de parlamentares
nos plenários legislativos em nível federal, estadual e municipal, de repente,
fez-se um silêncio sobre o tema.

Como não encontrei nada de velho com cara de novo nos
espaços onde antes muito havia, tratei de concentrar a busca nas redes sociais
e, de novo, nada. É em alguns sites de esquerda da Europa e em agências de
notícias com correspondentes aqui no Brasil, cabresteados pelo viés esquerdista
e anti-Bolsonaro, que o assunto é ainda lembrado.

E a você, que me acompanha nesse comentário, não é estranho
que o assunto tenha deixado de ser tratado com jeito de seriado de uma
encenação de ópera bufa?

Fico me perguntando, por que, de repente, quando tudo estava
tão perto de ser desvendado, deixou de ser relevante? A Globo não toca no
assunto, a EBC silenciou, a Folha não requenta os fake-news dela. E a esquerda
então, virou a página.

Enfim, todo mundo que antes gritava e esperneava, cobrava
celeridade, subitamente ficou calado. Agora, a bizarra figura do submundo
político do Rio que artificialmente virou celebridade, parece ter virado um
incômodo para quem alimentava sua morte e incensava sua trajetória. Hoje, o que
resta, além do silêncio, é a briga dos familiares tentando abocanhar parte do fornido
butim financeiro que a pobre lutadora amealhou em vida.

Para muitos, o desinteresse em elucidar o caso Marielle
lembra o que aconteceu com a morte de Celso Daniel. De repente, o mundo real
começa a negar o script. E o que deveria servir como um episódio a reforçar a
imagem das vítimas, se revela bem mais sombrio e nefasto.

De um modo geral, a esquerda tem imensas dificuldades de
conviver com as mortes em seus quadros. E foi assim com as vítimas dos
tribunais revolucionários que a guerrilha mantinha em suas várias facções
durante os anos 60 e 70 em nosso País. Calcula-se que 13 “revolucionários”
foram justiçados – e imagine-se o aspecto macabro de algo que a esquerda como
um todo não tem coragem de abordar.

Agora que a mídia matou o assunto, é necessário querer que a
polícia aprofunde as investigações para saber, sim, quem e por que matou
Marielle. Da mesma forma que está na hora do Brasil saber o que há por trás de
Adélio e a quem interessa o assunto ao ponto de ter advogados famosos o
defendendo.

Tiroteio

– Tem gente – principalmente entre os coleguinhas da mídia –
aproveitando para ajudar a confundir autonomia universitária com defesa da
bandalheira em que se transformou o ambiente universitário de norte a sul em
nosso país. Cenário perfeito para algumas figuras buscarem palanque e
holofotes.

– Entre os parlamentares eleitos em 2018 e que defendiam uma
pauta liberal na economia e conservadora nos costumes, o grande destaque vem
sendo Marcel Van Hattem, do Novo-RS. Aos 33 anos, foi o federal mais votado no
RS em 2018, conquistando 349.855. Vale a pena acompanhar a sua trajetória.

– Haverá uma “decantação” natural da chamada bancada
liberal-conservadora eleita em 2018. Alguns parlamentares que foram eleitos na
onda, tendem a abandonar o barco. O único objetivo da conversão à Direita
estava na estratégia de buscar os votos desse segmento. É o ciclo natural das
coisas e da vida. O importante é a formação de novos quadros, cada vez mais
qualificados.

– Para quem não sabe, a chamada “Carreira Militar” funciona
como uma grande confraria – e isso não é exatamente um elogio. Até o posto de
Coronel – ou o equivalente nas outras forças – conta o mérito pessoal. Para
chegar a “General”, há uma verdadeira panelinha e egressos do povo da farda diz
que ascender ao último grupo da carreira envolve o mesmo ritual de bajulação e
demonstração de lealdade das confrarias. Não por acaso, o “generalato” é a área
onde a Maçonaria detém maior influência.

– A semana promete fortes emoções – lembrando que Bolsonaro
viaja ao Texas, nos RUA, para receber homenagem. E assumirá a presidência, o
queridinho da mídia e das esquerdas saqueadoras de cofres públicos. Acompanhar
a agenda do vice Mourão será muito interessante – bem como observar o
tratamento amistoso que os saudosistas da cleptocracia concederá ao maçônico e
nada leal vice.

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