Ao longo do tempo, as siglas (nove no total, sendo que algumas foram incorporadas ao sistema sem fazerem parte do “Sistema”) foram sendo criadas como penduricalhos de uma árvore de horrores
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Por Alfredo Bessow
Herança do varguismo e que foi agregando mais siglas ao longo dos anos de relações pra lá de promíscuas entre o Estado que tudo quer controlar e parte da iniciativa privada que tudo quer receber de graça, o chamado Sistema S é um emaranhado de siglas que torram dinheiro com inutilidades gerais – onerando a folha de pagamento das empresas, inflando o chamado custo Brasil e fazendo a alegria dos gestores e daqueles (veículos de comunicação inclusive) que se refastelam nas mordomias que as tais entidades “sociais” propiciam.
Li alhures que o ministro Guedes quer cortar 30% das verbas. É pouco, Pode-se cortar mais de 60% e que ainda vai sobrar dinheiro para os “Skaff” da vida bancarem seus projetos pessoais de poder e os líderes empresariais em TODOS os estados viverem nababescamente.
Ah, querem exemplos do desperdício?
O que leva o Sesi, o Sesc, o Senai, o Sebrae, o Senar, o Senat, o Sescoop, o Sest, o Senac a patrocinarem (não estou dizendo todos, e cada qual saberá quem está sendo referido), por exemplo, times de vôlei com salários altíssimos? Aqui em Brasília, a suntuosidade dos prédios, dos espaços ocupados por essas entidades chega a ser uma ofensa, uma agressão ao bom senso.
Só no DF o Sebrae tem a sede nacional – que é um espaço valioso em área nobre e onde funcionários batem cabeça na procura de lugar para sentar – e além da sede Regional, uma renca de escritórios, que não passam de cabides de emprego.
O que leva essas entidades a veicularem propagandas em revistas de circulação nacional, em portais de internet ou a contratar jornalistas televisivos sob o pretexto de palestras e consultorias, pagando cachês que se transformam em verdadeiras mesadas mensais e, ao mesmo tempo, como defensores das entidades dentro dos veículos?
Há muita gordura, a começar por imóveis locados, veículos e pessoal. Depois, uma política administrativa que realmente justifique uma dinheirama que só em 2018 ultrapassará a casa dos R$ 18 bi. Isso mesmo: R$ 18 bi para manter verdadeiras lavanderias.
Por isso, volto a dizer: há espaço para cortar até 60% dos recursos que ainda vai sobrar muito dinheiro para a turma fazer a farra. Será a vez do patronato mirar-se no exemplo da CUT e de muitas entidades sindicais: venderam prédios, mandaram funcionários embora, cortaram mordomias, devolveram salas e andares inteiros alugados, eliminaram celulares e viagens para qualquer canto e a qualquer pretexto. E algumas começam inclusive a diminuir o “tamanho” de suas diretorias para pagar menos pró-labore…
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