Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

No Brasil, Sistema S é sinônimo de corrupção e podridão

por | 19/12/2018 | 0 Comentários

Ao longo do tempo, as siglas (nove no total, sendo que algumas foram incorporadas ao sistema sem fazerem parte do “Sistema”) foram sendo criadas como penduricalhos de uma árvore de horrores

Por Alfredo Bessow

Herança do varguismo e que foi agregando mais siglas ao longo dos anos de relações pra lá de promíscuas entre o Estado que tudo quer controlar e parte da iniciativa privada que tudo quer receber de graça, o chamado Sistema S é um emaranhado de siglas que torram dinheiro com inutilidades gerais – onerando a folha de pagamento das empresas, inflando o chamado custo Brasil e fazendo a alegria dos gestores e daqueles (veículos de comunicação inclusive) que se refastelam nas mordomias que as tais entidades “sociais” propiciam.

Li alhures que o ministro Guedes quer cortar 30% das verbas. É pouco, Pode-se cortar mais de 60% e que ainda vai sobrar dinheiro para os “Skaff” da vida bancarem seus projetos pessoais de poder e os líderes empresariais em TODOS os estados viverem nababescamente.

Ah, querem exemplos do desperdício?

O que leva o Sesi, o Sesc, o Senai, o Sebrae, o Senar, o Senat, o Sescoop, o Sest, o Senac a patrocinarem (não estou dizendo todos, e cada qual saberá quem está sendo referido), por exemplo, times de vôlei com salários altíssimos? Aqui em Brasília, a suntuosidade dos prédios, dos espaços ocupados por essas entidades chega a ser uma ofensa, uma agressão ao bom senso.

Só no DF o Sebrae tem a sede nacional – que é um espaço valioso em área nobre e onde funcionários batem cabeça na procura de lugar para sentar – e além da sede Regional, uma renca de escritórios, que não passam de cabides de emprego.

O que leva essas entidades a veicularem propagandas em revistas de circulação nacional, em portais de internet ou a contratar jornalistas televisivos sob o pretexto de palestras e consultorias, pagando cachês que se transformam em verdadeiras mesadas mensais e, ao mesmo tempo, como defensores das entidades dentro dos veículos?

Há muita gordura, a começar por imóveis locados, veículos e pessoal. Depois, uma política administrativa que realmente justifique uma dinheirama que só em 2018 ultrapassará a casa dos R$ 18 bi. Isso mesmo: R$ 18 bi para manter verdadeiras lavanderias.

Por isso, volto a dizer: há espaço para cortar até 60% dos recursos que ainda vai sobrar muito dinheiro para a turma fazer a farra. Será a vez do patronato mirar-se no exemplo da CUT e de muitas entidades sindicais: venderam prédios, mandaram funcionários embora, cortaram mordomias, devolveram salas e andares inteiros alugados, eliminaram celulares e viagens para qualquer canto e a qualquer pretexto. E algumas começam inclusive a diminuir o “tamanho” de suas diretorias para pagar menos pró-labore…

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