Qual o compromisso da UNE com a Educação? Qual o compromisso de Rodrigo Maia com a Educação? Qual o compromisso da esquerda com a Educação? Resposta unânime; NENHUM.
Esperei até a última hora possível para saber se
começaríamos esta quinta-feira já com o novo ministro da Educação definido ou o
embate dentro do governo para a definição do novo nome iria um pouco além. Há
três correntes que desejam ocupar este posto que é estratégico, ainda que seja
sinônimo de dor de cabeça, dificuldades e vigilância constante.
O ministério da Educação foi transformado ao longo dos
governos de viés esquerdista como centro de manipulação ideológica de alunos,
com a imposição de grade curricular adequada à destruição de valores. E este processo,
que começou bem antes de FHC, vinha sofrendo duro revés pela ação corajosa de
Abraham Weintraub. O Brasil gasta muito e mal na sua educação, porque houve
total subversão de questões fundamentais – onde todo mundo manda e, no final
das contas, ninguém é responsável por nada.
Mais do que formar militância, o que vem se buscando ao
longo dos anos é destruir nos jovens o apego a certas noções de convivência, de
civilidade e de civismo que trouxeram, digamos, a civilização até aqui. No caso
brasileiro, a adoção do método de Paulo Freire, um embuste ideológico que veio
sendo estruturado desde o começo dos anos 60 do século passado, é ainda mais
grave e pode ser observado no cotidiano da péssima formação que é repassada
dentro das escolas – isso desde as primeiras séries, com o abandono do método
fonético e sua substituição pela definição do universo vocabular a partir de
objetos e situações que façam parte do cotidiano dos alunos e da comunidade na
qual se encontram.
Mesmo não sendo um método criado por “ele”, mas por ele
adaptado a partir de estudos de outros especialistas, o que Paulo Freire fez
foi uma salada de fruta misturando água e azeite e querendo que os dois se
misturassem harmonicamente. Claro que não poderia dar certo, como efetivamente
não deu. Ou melhor: deu tão certo que o propósito central da ideia da esquerda
de destruição de valores foi sim alcançada. A parte pedagógica do aprendizado
propriamente dito não tem valor, não tem relevância.
Observe o ambiente escolar em todos os níveis e se observará
na plenitude o êxito de uma ideia desestruturante, onde alunos vagueiam muitas
vezes do nada para lugar nenhum, desprovidos de tudo aquilo que poderíamos
chamar de rumo, norte e objetivo. Ao transformar a juventude em massa de
manobra como parte do marxismo cultural, o que podemos observar são pessoas que
subitamente foram induzidas a sentirem orgulho de não terem objetivos.
E o centro emissor de todas estas estratégias foi o MEC –
por isso o rancor daqueles que se sentiram acuados com a ação de Abraham
Weintraub que teve coragem de fazer este enfrentamento, e que por isso mesmo
teve sua vida transformada em um verdadeiro inferno, com a perda da
tranquilidade – sendo desrespeitado no cotidiano e ameaçado mesmo quando estava
em companhia da família em férias.
A união de tantos desafetos claro que acabou fazendo com
que ele passasse a viver no limite e acabou por vezes extrapolando em situações
que acabaram levando a uma sensível diminuição de sua base de sustentação
dentro do governo. Para simplificar: Weintraub caiu por seus méritos, jamais
por seus defeitos.
E a luta que está sendo travada é se este trabalho que ele
vinha desenvolvendo terá continuidade ou haverá mais um militar no governo ou
então se o presidente Bolsonaro será obrigado a entregar o ministério, em nome
da governabilidade, a alguém indicado pelo Centrão.
Esse foi o embate na madrugada e que deverá ter desfecho
ainda hoje.
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