Alguém confia em alguma informação que os chineses divulgam? Na verdade, ao que parece nem eles sabem a m… que fizeram, ainda que sejam os ÚNICOS beneficiados
Dia destes recebi a visita de um amigo para um café com pamonha. Tirante o fato de que ele sempre é capaz de reclamar algo, apenas para encher o saco – como ele próprio faz questão de dizer – a conversa foi sobre cenários e a angústia que permeia a vida e as ações daqueles que precisam pensar o que será depois que esse vírus passar, quando não estão disponíveis nem ao menos informações confiáveis e muito menos subsídios suficientes para entender o que está acontecendo agora.
O Carlos Vieira
é professor universitário, empresário do ramo de turismo na condição de dono de
conceituada agência de viagens aqui no DF além de ser voz e liderança deste
segmento empresarial. Entre um gole e outro de café, falou-me do seu
desconforto enquanto cidadão que sempre pagou as contas em dia e construiu
sólida e respeitada carreira no segmento de prestação de serviços. Disse-me que
além de não estar vendendo nada, estava sendo obrigado a reembolsar compras já
realizadas – mesmo oferecendo vantagens inominadas para quem aceitasse manter a
viagem contratada, transferindo-a para um futuro que pode ser de 30 dias ou
mesmo meses.
E este é um quadro que desgraçadamente gera preocupação e inquietação em todos, porque busco em outra conversa que tive, por telefone, e que tratava desta angústia frente a algo que a gente não sabe e nem consegue mensurar. Conheci o Luiz Moreti aqui em Brasília por amigos em comum que acabaram se afastando, mas a amizade com ele permaneceu, fortalecida por convicções e visões convergentes sobre a vida e sobre os malefícios que experiências como o governo do PT podem trazer para a sociedade.
Contou-me o
Moreti sobre situações por ele vividas.
Lembrou que se
submeteu a delicada e emergencial intervenção cirúrgica por um quiproquó no
coração. No entanto, disse que naquele momento tinha certezas, entre as quais a
de que se saísse com vida do hospital, reencontraria tudo que tinha de seu e de
valor – inclusive bens materiais.
Mas que o
quadro atual é muito distinto, porque o desafio de sair vivo da pandemia é real
– ele que está próximo aos 70 e tem o peso adicional de comorbidades – e sem saber
como estarão as coisas que ele tem e pelas quais lutou, qual o valor que elas
terão e o que será da vida, do mundo, das pessoas e de nós quando tudo isto
acabar.
Não sei o que o
futuro nos reserva, mas também sei que não seremos os mesmos e nem viveremos
pautados por um padrão que tínhamos antes da ameaça onipresente e onisciente do
vírus. Como bom e reiterado sonhador, gostaria que fosse um tempo onde a vida e
as coisas do viver tivessem mais valor.
Mas sei que
isso certamente é apenas um desejo, ainda que para mim seja uma necessidade
acreditar que todos nós sairemos melhores de todo este episódio – porque eu não
concordo e não aceito que este maldito vírus tire de mim a esperança de que
venceremos a este inimigo oculto, com tantos tentáculos e que invade nossas
casas disseminando o pavor e o medo de modo sistemático pelos noticiosos das
TVs.
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