Ministro atua na Educação, área que sempre foi uma espécie de território livre para a disseminação da desinformação e da manipulação ideológica
Quem detém a
informação e a tecnologia, controla o mundo. O grande problema está na forma
como essa informação e também a tecnologia são usadas. No caso específico da
informação, creio que o grande risco está na desinformação que tem como
ferramenta básica a manipulação de notícias, dos fatos, dos dados e seu impacto
na formação de uma opinião.
Um dos meus
desafios é desmistificar a hipocrisia de quem faz um jogo sórdido, sem se
preocupar com as consequências. Ou, pior, atua deliberadamente, sabendo que ao
confundir e omitir dados, pode forçar a que as pessoas façam julgamentos de
acordo com os interesses de quem comanda o espetáculo. A imprensa brasileira se
acostumou com um nível de manipulação que hoje tem dificuldade em manter
exatamente pelo fortalecimento das redes sociais – mas ainda possuem imensa
margem de ação.
Quando você
consulta a internet e portais de notícias usam a mesma manchete, não vejo nada
de acaso – apenas e tão somente uma ação coordenada, dentro de uma estratégia
basicamente econômica. Eu não tenho mais ingenuidade suficiente para acreditar
que as coincidências dominem o mundo e controlem a humanidade. Talvez fosse
mais feliz se pudesse voltar a acreditar e creditar tudo ao imponderável.
Está na ordem
do dia o processo de fritura do ministro Abraham Weintraub, da Educação. Na
verdade, a imprensa brasileira é cínica, hipócrita e mercantilista. Os
coleguinhas se acostumaram com a estratégia de disseminar meias verdades para
alcançar 100% de seus perversos objetivos. Nunca conversei com Weintraub, mas é
óbvio que ele entrou na linha de tiro da mídia por não ter medo de fazer o
enfrentamento ideológico com um segmento intelectual que se acostumou a ganhar
no grito qualquer discussão. Os governos militares foram coniventes com o verdadeiro
suicídio cultural ao qual milhões de jovens foram induzidos pela esquerdização
no ambiente acadêmico. Preocupados em manter a ordem no combate às guerrilhas e
atuar na construção de uma infra-estrutura de modernidade a um país que estava
mergulhado no abandono em termos de obras, integração e desenvolvimento, os
estrategistas militares deixaram que no ambiente universitário fosse ideologizado
de modo sistemático ao longo dos anos.
Entrei na PUC
por vestibular em 1979 e dos professores que tive no curso de comunicação,
apenas um era de Direita – o irmão Mainar Longhi. Os demais, todos esquerdistas
em vários níveis. O mesmo quadro verifiquei em cursos na Federal. O ativismo
pedagógico dos professores encontrava nos universitários um ambiente fértil
para usar o desejo de informação dos alunos como campo para disseminação da
desinformação. Pela primeira vez um ministro da Educação está tendo coragem de
se contrapor a turba. Comete erros e por vezes se equivoca? Com certeza! No
entanto, é fundamental que alguém tenha a coragem de se posicionar, de mostrar
a realidade.
Nãos ei quanto
tempo ele vai resistir no cargo. Espero que aguente até o final do mandato de
Bolsonaro – em dezembro de 2026. Porque então ele terá cumprido uma tarefa que a
omissão no passado tornou um desafio no presente: limpar o ambiente
universitário, desideologizar o ensino e defender a educação como base da verdadeira
cidadania, é como entrar descalço e sem equipamentos de proteção em um
serpentário. Por isso as víboras da mídia torcem desavergonhadamente pela queda
do ministro – porque elas sabem que o laboratório de reprodução ideológica que
se estruturou nas universidades brasileiras será debelado. Para que isso não
ocorra, é fundamental que o ministro Weintraub seja logo demitido.
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