Entourage do governador eleito em São Paulo acredita que o melhor caminho para 2022 é estar aliado a Bolsonaro
Por Alfredo Bessow
Eleito com um discurso próximo ao de Bolsonaro, buscando convergir suas pautas acerca de segurança pública, educação e comportamento, com o discurso do presidenciável eleito, João Dória pode engrossar as fileiras do partido e, dessa forma, turbiná-lo com vistas as eleições municipais de 2018 em São Paulo. A ideia ainda é incipiente, mas o estigma de derrotado que o PSDB carrega, além da imagem de corrupto e de ser uma espécie de quadrilha aos modos de outros partidos do campo popular-progressista.
Refém do egocentrismo de FHC, o PSDB virou dependente de quadros velhos e desgastados – que não querem soltar o osso do comando partidário. FHC, Tasso, Serra, Goldman, Aluysio já passaram da casa dos 70. Aécio é um cadáver putrefato em decomposição pública, assim como Anastasia. Richa, a esperança que viria do Paraná, hoje está mais preocupado em ficar fora da cadeia do que em se manter na vida pública. Restaram, assim, dois nomes: Carlos Leite, governador eleito do RS, e João Dória, de São Paulo – o resto, é resto.
Claro que a chegada de Dória mexeria com muitas vaidades e geraria desconfiança pelos métodos nada ortodoxos que o homem oriundo do show business usou para rasgar um espaço na carcomida acsca de normalidade democrática que os partidos usam para evitar qualquer renovação. Mas essa é uma questão de ajustes e que a realidade política impõe: sem luta, não há vitórias – dizem os “doristas”.
Não será, disse-me um tucano que orbita nas cercanias de Dória, um movimento natuarl e imediato – mas um plano que passa pela avaliação dos primeiros meses de mandato de Bolsonaro e, também, de como ele (Dória) irá conseguir fazer a limpa que quer nos diretórios do PSDB em São Paulo e também em nível nacional. Um bom começo de governo por parte de Bolsonaro é o empurrão que ele espera – ainda que isso possa, para alguns, ser apenas esperteza, para ele é estratégia.
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