Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

Um amor com preço e hora marcada para acabar e se transformar em rancor…

por | 31/01/2019 | 0 Comentários

A nova realidade de um governo que não gasta dinheiro em mídia está levando os veículos a um nível de estresse e revolta

Hoje, o governo Bolsonaro completou 31 dias no poder – período esse no qual não gastou nenhum centavo em anúncios (ainda que esteja pagando altíssimos salários para muitos ex-petistas continuarem sendo os responsáveis pela liberação de PIs, em máfias que continuam em plena atividade em muitos ministérios).

É um feito a ser louvado, afinal de contas, rompeu-se uma velha tradição de os governos gastarem rios de dinheiro apenas de olho nas comissões de extorsão praticadas por pessoas – volto a dizer – que faziam isso nos governos desde 2003 e que continuam em tais posições no atual governo.

Ao não anunciar, o governo Bolsonaro cumpre uma promessa – mas resta saber até quando os veículos suportarão. No caso da Globo, ao contrário do que muitos pensam, ela tem gordura para sobreviver os próximos quatro ou oitos anos sem depender do governo. E se tiver que pagar os impostos devidos, as outras emissoras também terão de fazê-lo.

O primeiro setor a penar com a nova realidade foi o das agências de publicidade, que, convenhamos, aceitaram fazer o jogo promíscuo dos últimos muitos governos, muitas vezes extorquidas por ministros e presidentes de empresas que entravam apenas para fazer caixa. E hoje pagam por terem aceito fazer parte de um jogo onde tabelas e serviços são superfaturados.

Há um clima de insatisfação latente.

Fosse para apostar, diria que a Record será a primeira a abandonar o alinhamento com o governo. Isso em um prazo entre 10 ou 15 dias.

Ou o governo abrirá a torneira ou o amor acabará.

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