As juras de amor e de fidelidade ao velho morubixaba não foram suficientes para manter os petistas graduados na noite de Curitiba
Por Alfredo Bessow
Enquanto o povo do pão com mortadela dava mostras de uma fidelidade necessária e pré-contratada ao morubixaba preso, eis que pipocam feito os fogos que se anunciavam a total ausência de figuras representativas do petismo e das siglas eternamente aderentes na noite natalina de Curitiba. Porque tivessem eles permanecido na sempre bela Curitiba e as redes sociais teriam ficado infestadas de fotos e registros.
Pelos relatos, descobre-se que mesmo os eventualmente curitibanos, estavam longe – em suas festas privadas de brindes e comilanças. Ficou apenas a raia miúda, aquela que continua acreditando nos discurso da injustiça e da perseguição.
O mais impressionante foi saber que a chorona Benedita – Oh, será a Benedita! – comemorou o nascimento de Jesus entre outros comensais, sem aquele fervor no vídeo onde ela exibe os dotes de atriz de péssimo desempenho, imprestável até mesmo para papel de chorona em novela mexicana ou rezadeira de algum filme sobre as choradeiras do nordeste.
A devoção dela e de outros sempre traz à memória uma história que meu amigo Paraíba costumava repetir. Contava ele de um velório em Campina Grande, terra de onde era nascido. Diante da cena do sepultamento, eis que uma senhora já em idade robusta esbravejava e clamava aos céus: homem de Deus, o que será de mim… me leva contigo…
E tanto ela fez que a terra ao redor da sepultura não suportou o peso da dita senhora, esbugalhou-se e ela se viu de súbito dentro da cova e pisoteando o caixão com o amado…
E mais do que depressa, aos gritos ela clamava… Por favor, me tirem daqui…
Assim fez a Benedita. Assim fizeram os petistas e aderentes ilustres. Assim não puderam fazer os que necessitam se manter fiéis ao calvário de uma solidariedade profissional.
Mas é assim que caminha a humanidade – porque afinal de contas, eles próprios (os capas) já sabem que é pouco improvável que Lula volte à liberdade, em face dos muitos processos que ainda aguardam julgamento.
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