Sob as supostas bençãos da própria CLDF o pseudo espólio da Agnelo Pacheco quer extorquir dinheiro de quem tem faturas a receber
Por Alfredo Bessow
A relação nada republicana das agências de publicidade com os órgãos públicos é marcada por situações bizarras – onde quem sempre paga e perde são os veículos de comunicação, geralmente os pequenos. Os grandes, via de regra, se protegem na negociação dos BVs e assim acabam recebendo sempre o que lhes é devido.
Sob o argumento de resolver parcialmente um crime de apropriação indébita cometido pela Agnelo Pacheco, a Câmara Legislativa do DF, através de sua mesa diretora (na totalidade ou por responsabilidade de algum de seus membros), está sendo no mínimo conivente com um acelerado processo de extorsão.
Como todo contrato de publicidade, esse celebrado entre a CLDF e a Agnelo Pacheco também era uma verdadeira maravilha. Diga-se de passagem que a Agnelo Pacheco já praticou golpe semelhante contra credores do GDF – em faturas que eram resquícios do Governo Agnelo.
No caso do GDF, a Agnelo Pacheco, através de advogados, impôs a condição de ou aceitar a extorsão de conceder descontos de 30% a 50% sobre o valor a receber ou ficar sem receber nada. Considerado um dinheiro perdido, houve o aceite e agora um grupo do que receberam pretendem acionar o GDF – porque quando um veículo emite a NF, ele o faz contra o GDF e não contra a agência. Avisado, o sempre prestativo secretário de Comunicação, memso sabedor da sacanagem, disse nada pdoer fazer.
No embalo da pilantragem bem sucedida, para os padrões de pequenos delinquentes, o novo acordo espúrio foi proposto pela Agnelo Pacheco, através de prepostos, para a CLDF onde há um resquício de quase R$ 2 milhões a serem pagos para quase uma centena de pequenos veículos.
Acontece que a Agnelo Pacheco recebeu um valor em 2017 e não repassou para os veículos – configurando apropriação indébita. De modo até aqui zeloso, a CLDF não vinha aceitando fazer o repasse do valor restante enquanto a Agnelo não quitasse os débitos com quem já fora pago.
E qual a fórmula mágica engendrada entre a turma do espólio da Agnelo e os nefastos gestores da CLDF? A Casa das Leis paga, desde que do valor que a agência for receber, ela “pegue” esse valor e pague um percentual daqueles que ela deixou de pagar no passado.
E qual a fórmula: escorchando quem ainda tem a receber a aceitar apenas o repasse de 30% do valor de suas notas fiscais. Os demais 70% teoricamente iriam para diluir o crime anterior. E também para agradar e facilitar a vida de quem pode dificultar o negócio…
Ou seja: resta saber quem da Mesa Diretora está cometendo um verdadeiro descalabro, um acinte, uma safadeza contra quem ainda tem para receber.
E mais: o aviso é bem claro: ou aceita ou vai ficar sem nada – porque a Agnelo Pacheco, que nunca foi grande coisa em termos de honestidade, agora virou mesmo caso de sem-vergonhice.
Qual seria a solução; a Câmara Legislativa determinar a extinção do contrato e dos seus efeitos, por conta da apropriação indébita, fazer um procedimento de repasse do valor líquido devido a cada um dos veículo que ainda tem por receber – com a retenção dos 20% estipulados no PI e posterior depósito na conta da Agnelo. Porque a emissão da Nota Fiscal não foi contra a agência, mas sim contra a Câmara Legislativa.
Na verdade, já há um precedente de vitória na Justiça determinando o pagamento direto. Como todo entre público, a CLDF viu-se obrigada a recorrer. A Justiça, no entanto, não conseguiu intimar e nem notificar a Agnelo Pacheco porque nos endereços fornecidos em São Paulo, não há nada mais relacionado com a empresa. Agora, a advogada que patrocina a causa está solicitando a notificação da Agnelo Pacheco através do Diário Oficial.
Se há esse precedente, por que a CLDF está sendo conivente com o espólio da Agnelo Pacheco e aceitando a extorsão praticada em nome de quem nem aparece e nem consegue ser localizado?
Quem está salvando o peru de quem com essa tramoia?
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