Os dados do Ibope surpreenderam, uma vez que trouxeram um crescimento de Bolsonaro que vai além da margem de erro
Além da divulgação do apoio da FPA – Frente Parlamentar Agropecuária ao nome de jair Bolsonaro, os comitês dos candidatos que ainda anseiam por algo no domingo, dia 7, passam as horas dessa terça-feira.
De olhos em planilhas e análises, tentam entender os fatores que catapultaram Bolsonaro a 31% no Ibope e, ao mesmo tempo, jogaram a rejeição de Haddad para níveis compatíveis do candidato do PSL.
As explicações são as mais variadas.
O próprio Haddad em rápida conversa com a imprensa ao chegar na Fundação Instituto Oswaldo Cruz limitou-se a a dizer que “parte expressiva da elite brasileira abandonou a social-democracia pelo fascismo”. E atribui o aumento de sua rejeição aos ataques que vem sofrendo do PSDB.
É bem provável que Haddad tenha razão, mas há sempre uma outra realidade em todas as leituras: na verdade, a social democracia no Brasil abandonou a classe média – empurrando-a aos braços de quem promete restaurar alguns de seus valores e contemplá-la com políticas públicas.
No caso do tracking, ao menos na planilha petista, a avaliação aponta uma realidade: “O eleitor, principalmente o de baixa renda, parece estar se posicionando mais favoravelmente a ele (Bolsonaro) nos movimentos de curto prazo, com a redução das dúvidas”. Outro detalhe retrata a movimentação do eleitora – no Sul, diz o paper de circulação interna da campanha petista: “parece que Bolso parou de crescer, mas Haddad perde posições e Alckmin ganha alguns pontos” – talvez alavancado pelo desempenho de Eduardo Leite, tucano candidato ao governo do Ser que atualmente está em 1º nas pesquisas.
Como diz um sarcástico interlocutor tucano ao ser questionado sobre o clima das conversas: na dúvida, encomendei reforço no estoque de chás e já mandei comprar mais comprimidos de rivotril…
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