Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

A paz desejada em Gaza será possível?

por | 04/10/2025 | 0 Comentários

O que mais me encanta é o fascínio que a burrice exerce sobre as pessoas. Existem certos sujeitos que sentem verdadeiro orgulho em ostentar a burrice como aqueles deslumbrados que ostentam riquezas – no mais das vezes adquiridas por dinheiro roubado em falcatruas. Vale-se de chavões como “Free Palestine” é repetir as hordas de alemães gritando “Heil Hitler”. Em comum, o ódio aos judeus…

O anúncio de que o Hamas está aceitando as condições impostas por Trump para a paz e saudadas pelo mundo é algo muito animador. Mas já houve outras promessas – sempre quebradas por um grupo terrorista que parte do princípio de que para a Palestina existir, ela precisa acabar com Israel. Essa é a lógica perversa e que não tem merecido a atenção das pessoas que gritam “Palestina Free” como antes gritavam “Heil Hitler” em seu ódio antissemita. Pautados pela desinformação disseminada pela mídia, consolidou-se a visão de que de um lado temos bonzinhos, os palestinos que em sua maioria odeiam Israel e o povo judeu e aqui basta lembrar as festas que aconteceram no território quando os bárbaros terroristas “voltaram para casa”, depois do 7 de outubro de 2023, com despojos de guerra na forma de corpos mortos e reféns vivos. Na mesma leitura, cabe aos israelenses o papel estereotipado de maus e não um povo que tem o direito de lutar por sua existência.

Olhando de longe e tendo como fonte de informação apenas a velha mídia dominada pela esquerda é fácil sentir compaixão pelo sofrido povo palestino, como se muitos não fossem apoiadores da tese do extermínio de Israel. Claro que o povo foi conivente com a transformação de Gaza em verdadeiro barril de pólvora. Ou ninguém observou a construção de milhares de quilômetros de túneis, desviando ajuda humanitária e recursos de organismos internacionais para financiar as atividades do grupo terrorista? Claro que o medo impõe os limites e dita as regras.

O que temos é um povo que foi manipulado pelo Hamas e hoje é idealizado por grupos Pró-Pal que carregam bandeiras e defendem posturas que não são aceitas pelos muçulmanos – tanto sunitas, xiitas ou outras correntes. Não há como você defender a existência de um território que não aceita a paz e que tem necessidade, para se manter coeso, disseminar e implementar a cultura do ódio.

Gostaria muito de acreditar em relações de paz e convivência pacífica entre palestinos e judeus, mas para chegar a este estágio será necessário acabar com a doutrinação que o povo da Faixa de Gaza sofre ao longo de décadas e, quem sabe, esperar que as gerações futuras aprendam a respeitar a paz. Reconstruir Gaza sem a presença do Hamas é fundamental, principalmente para Israel. Resta saber se os palestinos terão capacidade de entender que a paz é o único caminho para sua sobrevivência.

Só o tempo dirá a resposta e ditará o futuro – mas amparado em tantas experiências desde que os terroristas chegaram ao poder na Faixa no começo do Séc. XXI eu não me sinto encorajado a acreditar que aqueles que precisam da guerra de repente entenderam que o único caminho é entregarem os reféns vivos e os corpos dos demais, deporem as armas e sumirem na lata de lixo da história.

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