Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

A mídia tradicional e seus jornalistas viraram porta-vozes do obscurantismo

por | 18/08/2020 | 0 Comentários

As manifestações tresloucadas de jornalistas que oscilam entre o destempero e o bizarro deixam clara a dificuldade de alguns profissionais de ao menos dissimularem seus ódios

Se as redes sociais de alguns jornalistas ligados ao campo
da esquerda – e por isso mesmo incensados por uma claque que oscila entre a
estupidez e a impotência – se transformaram em espaço para a manifestação de
todos os seus ódios, preconceitos e rancores em relação aos conservadores, elas
servem, até por isso, como espaço para desmascará-los e redimensioná-los em seu
verdadeiro gueto de referência.

E não falo isso pela afirmação destrambelhada de Demétrio
Magnoli, um dos tantos plantonistas de opinião para qualquer assunto e que foi
capaz de submeter-se ao ridículo de dizer que a corrupção nos tempos do PT era
uma coisa glamourosa, dentro de uma visão pérfida que os filmes utilizam para
descrever os chefes da máfia e do submundo do crime como “requintados”, ainda
que precisem conviver com a plebe ignara.

Para sermos sinceros, ele foi apenas um a mais que revelou
que a senilidade corrói a capacidade de percepção do ridículo de certas
opiniões. As falas destrambelhadas, por sinal, se repetem em verdadeiro
roseiral de bestialidades que tornam o Febeapa algo muito ingênuo. Em certo
sentido, muitos destes jornalistas, talvez carcomidos em sua lucidez pelos anos
de muitos usos e dependências químicas, lembram aquela tia já passada dos 60 e
que ainda quer andar nas ruas com roupas iguais a da sobrinha de 12. É mais do
que um espetáculo burlesco, é a própria decadência humana em sua forma mais
bizarra.

Voltando aos jornalistas, a percepção que se tem é que são
figuras que carregam uma dose de frustração pessoal como quem olha para tudo
que fez e se dá conta de que nada restará, porque cego pelo ódio, carcomido
pelo rancor, limitado em sua visão de mundo pelo uso sistemático de antolhos
químicos, acostumado a enturmar-se submetendo a todos os rituais de
aceitação… enfim, pessoas que não se deram conta de que o mundo imaginário
que pensavam existir, não é o mesmo mundo que são obrigados a viver na vida
real.

Como animais que vivem nas sombras, ficaram perdidos com uma
luz que em lugar de iluminá-los, fortaleceu neles o rancor e o ódio pelos
brasileiros. E nesta escalada, não se preocupam com limites ou parâmetros em seus
ataques contra o que eles, obscurantistas e retratos mais do que acabados do
nazi-fascismo cultural e endêmico que os alimenta, consideram errado.

E é ao mesmo tempo engraçado e revelador que eles atuam em
verdadeira polifonia, todos eles no mesmo surrado diapasão de bater nas mesmas
teclas e se defenderem de modo compulsivo. Para eles, a pluralidade consiste em
que todos se pautem por seus conceitos, por suas verdades. O que for diferente,
merece ser achincalhado – dentro da estratégia de lacração, que nada mais é do
que incensar a estupidez como forma de evitar o debate.

Estes profissionais não se deram conta, ainda, que o Brasil
que eles divisam de seus mundos artificiais não é, definitivamente, o mundo
real no qual nós, brasileiros, construímos a nossa efetiva brasilidade. Mesmo
não tendo a compreensão de quem somos nós, eles sentem necessidade de tipificar
os conservadores segundo arquétipos que são alimentados culturalmente pelos
seus grupos de reforço pessoal – porque chega um momento em que não se pode
viver apenas na fantasia da ilusão química de um mundo que eles não aceitam que
seja questionado.

Para azar deles, existem as redes sociais…

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *