Ela só parece eficiente para fisgar desavisados, porque os bilhões que alimentaram a corrupção, ela não viu…
Por Alfredo Bessow
Há um mimimi intenso por parte de uma das instituições mais corporativistas da burocracia nacional e que vive uma estratificação como se fosse um sistema de castas – onde há uma categoria de entes superiores, uma espécie de semi-deuses e que entre os terráqueos são chamados de “auditores”. Depois, há um subproduto, uma classe inferior que é quem trabalha e faz a máquina andar e funcionar que atende pelo nome genérico de “analistas”.
Mas eis que as duas castas que se odeiam, se uniram na defesa da própria incompetência. E estão abespinhados porque uma parte do Coaf irá para o futuro ministério da Justiça, sob o comando futuro de Sérgio Moro. Deveria levar também aquele tribunal – CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) – de troca de favores, onde as grandes negociatas acontecem e onde multas milionárias se transformam em alegres acordos onde todos enriquecem e a honestidade sai pelo ralo.
Mas por que toda essa grita?
Alguém consegue entender, justificar ou aceitar que a tal da receita, sempre tão diligente com centavos de quem cai na malha fina, de repente estar sendo desnudada com os muitos e muitos bilhões de dólares que “viajam” pelo Brasil, alimentando a máquina da corrupção?
Será que é omissão, conivência ou a simples determinação de fazer de conta que nada viu e nada preocupa?
Fica a impressão que os doutos servidores da Receita começaram a se dar conta de que as pessoas começaram a se dar conta de que ela, Receita, só existe para punir batedores de carteira, esquecidos e trombadinhas descuidados. E que dorme em berço esplêndido com quem mais deveria ser vigiado…
0 comentários