Enquanto que o presidente Medeiros, de maneira solerte, relativiza a violência de torcedores do Inter contra uma torcedora e seu filho, as redes sociais mostram o estrago para a imagem do clube
Auto-proclamado “Clube do Povo”, ainda que hoje detenha pouco mais de 35% do total de torcedores no RS, o Internacional virou motivo de execração e de repúdio de todas as torcidas em nível nacional. As imagens são claras: uma torcedora com um cachecol ironicamente identificado como “antifascista” e um energúmeno com a camiseta do Inter, partem para cima de uma mulher e de um menino ao fim do clássico Grenal disputado nesse sábado, 20, no Beira Rio.
A cena foi tão bizarra que até alguém como Rafinha Bastos,
torcedor confesso do time da Dilma e tido como “embaixador cultural” do clube
se sentiu envergonhado por tudo que aconteceu. O próprio jogador Nico Lopez
condenou de forma veemente a violência praticada.
De ponta a ponta do Brasil, o repúdio foi nota dominante.
Menos para o presidente do Inter, que relativizou a agressão
– e não duvidarei nada se ao final de longa investigação interna a culpa recair
sobre a mãe e o menino que foram agredidos. Não é preciso avaliar nada, não é
preciso ser covarde para relativizar. A agressão e a covardia estão estampadas
nas imagens e a nota oficial do Inter chega a ser acintosa.
Além da agressão, os colorados roubam a camiseta,
arrancando-a das mãos da criança.
O que tem para investigar nesse fato?
O que tem para contemporizar?
O que tem para investigar?
Diz a nota covarde do presidente que o clube está checando
as imagens – como que colocando a veracidade das mesmas em dúvida. Depois,
tomará medidas cabíveis para eventuais punições aos torcedores.
As cenas foram lamentáveis e o presidente se porta como um
banana, sendo conivente com a violência que foi praticada DENTRO do Beira Rio –
algo que deverá ser analisado pelo STJD e que, para servir de exemplo, deve
redundar na perda de mando de campo.
É interessante observar os colorados querendo minimizar o fato,
dizendo que não pode ser chamada de violenta, de troglodita e de intolerante
toda a torcida rubra. Mas não foi essa a postura que os torcedores do clube
adotaram quando do episódio envolvendo a torcedora do Grêmio e o goleiro Aranha
– sendo que passaram a chamar o Grêmio e sua torcida como racistas.
Lamentáveis sob qualquer ótica os vergonhosos acontecimentos
no Beira Rio. Ridícula a nota do presidente do Clube. E deploráveis as
manifestações de puxa-saquismo de alguns torcedores colorados que tentam
minimizar as cenas chocantes que o Brasil inteiro assistiu.
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