Triste o quadro em um país onde os “anjos” do crime organizado disseminam o terror e as ONGs silenciam – e com o silêncio apoiam
Por Alfredo Bessow
Não vi, não li e nem escutei nenhuma repercussão da morte de uma mulher no Rio – sequestrada, torturada, assassinada e que teve o corpo esquartejado por ter postado um vídeo que desagradou os traficantes da comunidade onde ela vivia.
Não observei nenhuma ONG lamentando o absurdo de uma situação como essa – que reflete sim a necessidade de mudar a abordagem do crime em nosso país, deixando de lado a ideia que o bandido, o traficante e o contraventor devem ser recuperados por programas sociais.
A postagem foi em fevereiro, dia 27, e no dia 7 de março ela foi executada – teve o corpo queimado, dificultando a identificação. Helen Alves de Oliveira, moradora do Complexo do Caju, na Zona Norte do Rio, desagradou os traficantes por uma prosaica mensagem: um traficante armado em um ponto de venda de drogas assume o risco de morrer em um confronto com policiais. A matéria está no site de O Globo de hoje, dia 22 de novembro.
Sou cristão, mas não consigo entender o humanismo de tantos que silenciam diante de situações como essa. E ninguém me convence de que não é correto o abate de criminosos portando fuzis – porque, convenhamos, fuzil não chega a ser um acessório cotidiano que pessoas honestas usam no dia a dia em seus passeios.
Ou seja: eles, os criminosos e os traficantes, podem determinar a pena de morte, podem impor suas leis para amedrontar e aterrorizar as comunidades; mas quando o ente público for atuar, os bandidos querem ser tratados pela lei que eles próprio ignoram.
É de se perguntar quantas centenas de anônimos somem assim, esquartejados e desintegrados em ácido – pelos ditames de grupos e facções criminosas?
0 comentários