Escrevi que neste mundial minha torcida era por Messi – e seu desempenho na final contra a França justificou tudo que já tinha escrito. Agora, enfim los hermanos podem comemorar: a Seleção Argentina tem o mesmo número de Copas do Mundo do Pelé…
Não acompanhei toda a partida, afinal de contas tinha coisa melhor para fazer. No entanto, olhei lances da prorrogação e as cobranças de tiros livres da marca penal. Decidir uma Copa do Mundo em uma prosaica cobrança é destas ironias, porque acaba dando os méritos ou para o goleiro que eventual “pega” uma cobrança ou condena ao fogo eterno um atleta como aconteceu com Roberto Baggio, um dos tantos e talentosos jogadores italianos que ainda hoje sofre com o penâlti perdido na final do Mundial de 1994 em partida contra o Brasil. E de nada adianta falar e dizer que aquele selecionado italiano era mais talentoso e superior tecnicamente do que o time menos brasileiro que o Brasil teve em mundiais.
Mas esta foi a Copa de Messi e apontou que o futuro será de
Kylian Mbappé, o talentoso jogador da França que, no entanto, prima pela arrogância e não consegue cativar ninguém além dos franceses. Messi se desdobra em campo, inclusive negando todas as realidades e probabilidades daquilo que se espera de um atleta.
Obviamente que essa foi a última oportunidade do craque argentino e também já disse que seria uma extrema injustiça que alguém com o seu talento passasse para a história como um dos injustiçados a mais – onde o destaque cabe mesmo a jogadores como Facchetti, Cruijff e Rummenigge.
Com a conquista da Copa do Qatar Messi sai desta incômoda situação e enfim conquista “a sua copa”, ao mesmo tempo que enseja que o selecionado argentino alcance três conquistas, igualando-se galhardamente aos mundiais de Pelé…
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