O episódio mais recente é a da namorada – contratada pela Itaipu sem concurso, que o visita em horário de expediente e ganha R$ 17 mil. Lula é um caso raro: só conhece gente assim…
Nada como o amor, dizem os poetas e trovadores. Camões o
cantou como “fogo que arde sem se ver” ou, ainda na mesma seara de poetas português,
Florbela Espanca escreveu “Não és sequer a razão de meu viver, pois que tu és
já toda a minha vida” que Fagner gravou – ainda que, para mim, nada supere as
declarações de amor que o feio Cyrano de Bergerac faz a amada Roxana valendo-se
de Cristiano.
“É o amor” cantarolam ébrios descornados pelos bares e
boates – ou, como imortalizou a dupla Joaquim e Manoel “Doente de amor/ procurei
remédio na vida noturna”. Falar de amor é uma coisa complexa, porque isso passa
por Lupicínio e fatalmente alguém lembrar de Reginaldo Rossi, autor da
antológica “Garçom”.
Nem bem Lula confessou que estava amando – direito de todos,
inclusive de encarcerados e enrolados nas garras da Justiça – e logo se ficou
sabendo que a nova Lulete tem mais razões com o que se preocupar com o namorado
encarcerado, porque ela própria tem uma história bem encalacrada. Digna de uma “companheira”.
A começar pela situação funcional na Itaipu Binacional, onde
se encostou funcionalmente em 2005, quando era Gleisi Hoffman, outra que adora
o errado, era Diretora Financeira da empresa – presidida por Jorge Samek,
petista e puxa-saco de Lula.
Há muitas coisas erradas com a vida profissional da moça. E
não é de agora!
A situação da moça vem atraindo atenção desde 2006, mas
sempre foi devidamente acobertada pela mídia conivente. O então deputado tucano
Luiz Carlos Hauly encaminhou pedido de informações para que a hidrelétrica de
Itaipu revelasse “despesas com telefonia celular, diárias de viagem e emissão
de bilhetes de passagens em relação à funcionária Rosângela Silva até janeiro
de 2006.”
Claro que nada foi dito, nada foi informado.
Percebe-se que realmente ela possui todos atributos para ser
namorada de um apenado e presidiário. Mas tem mais: Rosângela da Silva, que
atende pelo codinome “Janja”, recebe
R$16.769,57 por mês, para atuar na área de “responsabilidade social” da estatal
Itaipu Binacional, onde a média salarial é de R$8.779,68.
Isso sem contar a estranha mania de visitar o namoradinho em
horário de expediente. Dela. Ou será que ela simplesmente não trabalha “lá” na
Itaipu?
Para finalizar, outra preciosidade: ela foi contratada em 1º
de janeiro de 2005: em um feriado universal.
Vejamos os próximos capítulos da novela “Amor e podridão”.
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