Destrambelhada e juridicamente insustentável, a presepada de um ministro do STF serviu para mostrar aos incautos que a luta será intensa
Por Alfredo Bessow
Eleitor confesso do ex-presidente Lula, o ministro Marco Aurélio Mello apenas reiterou, com a concessão da liminar na tarde dessa quarta-feira, uma postura reiterada pró petista ao longo de vários julgamentos e demandas solicitadas e protocoladas pela defesa do ainda presidiário junto ao STF. Principalmente quando o assunto é a prisão de condenados em 2ª instância.
Mas o que se pode perceber que o ato do ministro, além de ser uma afronta em relação ao sentimento do povo brasileiro que clama por justiça, moralidade e já disse um não à corrupção, serviu para incendiar as redes sociais e reanimar a militância pró-Bolsonaro que estava meio borocochô depois das revelações parciais e cuidadosamente selecionadas para serem vazadas pelo Coaf.
Ao conceder a liminar, as redes sociais ficaram alvorotadas, houve um retorno de muitos militantes que estavam distantes e dispersos. O ato do ministro serviu para reiterar algo que vem sendo dito por muitos, faz muito tempo: apenas a mobilização permanente poderá evitar que ações como esta de hoje, 19, não voltem a ocorrer.
Até mesmo alguns grupos que estavam mais preocupados em questionar as escolhas de Bolsonaro e criticar as medidas a serem implantadas, de repente parece que levaram um choque de realidade: o pau vai comer!
Nesse sentido, é importante agradecer ao ministro Marco Aurélio Mello pelo serviço de ressuscitar o ânimo da militância. Que a militância se dê conta de que a briga vai ser cotidiana, constante e ininterrupta – e será necessário estar preparado para os ataques que virão. E que serão muitos.
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