Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

Mídia incensa paralisação comandada pelo MST e por manifestantes profissionais

por | 16/05/2019 | 0 Comentários

A proliferação de bandeiras vermelhas, de faixas defendendo criminosos, cartazetes com erros gramaticais absurdos, serviu para mostrar que o governo precisa sim entrar em ação para acabar a promiscuidade, a balbúrdia e a irresponsabilidade que hoje dominam a educação em nosso país

Ontem foi um típico dia de festa para um segmento da esquerda que é marcado pelo infantilismo e pela necessidade de não ter compromisso com nada – a não ser com a liberdade de não precisar ir para a aula, cheirar um pouco de pó, fumar uns back. Mas o que eu realmente fiquei fascinando com a manifestação de ontem foi que, em poucos meses, o governo Bolsonaro transformou o povo do MST em universitários.

Basta observar o povo que lá estava – uma mescla de
ingenuidade de secundaristas que adoram festas e se sentem úteis sendo inúteis
e um monte de gente que está muito longe de ser universitário – basta observar
a estupidez e os erros de português em cartazes e faixas.

Decididamente não foi uma manifestação em defesa da educação
– ao menos da qualidade da educação, tendo em vista que o povo se preparou
mesmo e de verdade para zoar e revelar o oportunismo de levar para as ruas o culto
a um larápio preso. Exibir em uma suposta manifestação uma faixa de “Lula livre”
revela que o mote central foi e continua sendo o oportunismo.

E essa turma deve mesmo se mobilizar, porque eles têm
consciência de que a farra do dinheiro acabou – inclusive com o fim do
monopólio na emissão das carteirinhas. Trata-se de verdadeira fábrica de
dinheiro, sem nenhum tipo de controle ou de fiscalização. Terminar com a farra
das carteirinhas é uma forma de asfixiar o PCdoB, que vive dessa extorsão
contra os alunos, uma vez que dominam a máquina tanto da Ubes, em nível secundário,
quanto da Une, em termos universitários. Como se as duas entidades tivessem um
caixa único.

Há um conjunto de forças em nosso país que lutam para que
nada mude, porque é nesse cenário que mistura impunidade e conivência que elas,
no mínimo, querem manter suas áreas de domínio. Porque por detrás da roupagem
de um domínio ideológico, o que está em jogo mesmo é a questão financeira.

E podem espernear, porque o Bolsonaro usou a expressão
correta para definir os baderneiros que, lá no Rio, por exemplo, atearam fogo
em ônibus: idiotas inúteis e imbecis – basta ver a quantidade de erros bizarros
que estampavam cartazetes, deixando bem claro que o ambiente de onde vieram
esses manifestantes é marcado pela balbúrdia, pela falta de respeito e de
compromissos.

É patético, para ser educado, observar que há uma verdadeira
corja que não quer saber de responsabilidade e que se esmera apenas e tão
somente em servir de bucha de canhão. Claro que mexer com essa gente é um
risco, mas o governo não pode ter medo de quem, volto a dizer, não tem
compromisso com nada.

Na minha opinião, o contingenciamento de verbas deveria ser maior,
porque o que mais existe na estrutura da educação brasileira é desvio, é
aplicação indevida – inclusive com a manutenção de cursos como Filosofia e de
Sociologia. Que se priorize investimentos em setores que realmente são
necessários para o Brasil e que, quem quiser estudar Filosofia ou Sociologia,
vá para a Venezuela, para a Nicarágua ou para Cuba.

A paralisação de ontem juntou a fome com a vontade de comer: de um lado professores preguiçosos – são os campeões na apresentação de atestados por problemas de saúde; de outro, alunos que possuem o mesmo compromisso com os estudos que a larva tem para com a goiaba. Sem contar a turma do MST, certamente saudosa dos tempos de pão com mortadela.

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