Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

Centrão aposta no apoio da esquerda e da mídia para incendiar o País

por | 17/05/2019 | 0 Comentários

Ainda que as manifestações em defesa da educação tenham sido pífias, oposição espera unificar a esquerda para derrotar o Brasil

Tem sido dias engraçados: se a pessoa se informar apenas
pelos meios de comunicação tradicionais, o fim do governo Bolsonaro é uma
questão de horas. Por conta da ação deliberada do Centrão – agrupamento político
extremamente fisiológico e que ficou sem cargos na estrutura do governo
federal, sem acesso a verbas para cumprir seus compromissos com financiadores
de campanha – disseminou-se a artificialidade de que a crise política é algo
irreversível.

É uma estratégia deliberada e bem estruturada por quem
precisa desse ambiente conturbado, de desinformação e de forçar um quadro no
qual eles possam se sentir bem liberados para o que mais sabem fazer: achacar.

Difícil será colocar no mesmo palanque Ciro Gomes e a turma
do PT. Mas claro: se o que estiver em jogo forem verbas públicas, será fácil
unir essa turma.

Exemplo claro de oportunismo foi o que se verificou na
manifestação supostamente feita em defesa da educação, que ficou sendo uma ação
em defesa do atual estágio de privilégios e de balbúrdia no ambiente
universitário. Ninguém de sã consciência é contra o investimento em educação,
mas não nesse modelo atual que deseduca – que prioriza a falta de
responsabilidade e de compromisso com o futuro do país.

Defender a educação – pública e privada – é base para
construção de um país realmente capaz de dar o salto para o futuro e não o
mergulho no passado como alguns defendem, com um modelo que naufragou em tantos
países. Hoje, a escola pública, por exemplo, está sucateada – e não houve
nenhum avanço nos 16 anos de cleptocracia petista. A violência contra
professores aumentou, a qualidade do ensino piorou – e, ironicamente, as
pessoas querem fazer acreditar que isso tudo está acontecendo por conta dos
quatro meses e meio de governo Bolsonaro.

É preciso botar o dedo na ferida dos privilégios e dos
equívocos para que se reconstrua uma escola pública de qualidade, não essa que
hoje temos. Essa que foi construída ao longo dos últimos anos foi uma escola
que colocou o Brasil com os piores índices – ainda que em valores nominais
tenham aumentados os repasses.

E por que isso acontece?

Na minha opinião, isso acontece porque boa parte da
estrutura e da visão que hoje comanda o ensino público em nosso país estão
dissociados da realidade nacional. Buscou-se a ideologização e a
instrumentalização da escola para um projeto de poder de grupos políticos.
Priorizou-se o interesse de grupos dirigentes em detrimento do direito dos
estudantes a uma educação de qualidade.

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