Desgraçadamente, os três setores que mais atuam contra o Brasil resolveram unir seus exércitos de modo a impedir que o governo possa governar
Não entro no embate entre correntes que se devoram no
interior do governo, até porque muitas vezes escutei na cobertura política no
Congresso Nacional que geralmente os maiores inimigos dos governos costumam ser
as bancadas governistas.
Mas isso agora mudou e o que se observa é que tanto situação,
quanto oposição se veem nas mãos de uma trinca que prima pela falta de
compromissos com o país – preocupada apenas e tão somente em saciar seus inesgotáveis
apetites por dinheiro, cargos e benesses. São grupos que possuem pontos de
convergência que são verdadeiros acintes aos preceitos éticos, aos valores de
responsabilidade que se esperam de quem atua no espaço público.
Olhando realisticamente temos três “Brasis” que se divertem
com suas demonstrações de escárnio e de desrespeito para com o País. Como nem
situação e nem oposição conseguem ter a coragem de se unir para enfrenta-los,
continuam ditando as regras, extorquindo recursos, ameaçando interver e assumir
o poder de outro poder e, acima de tudo, se sentindo felizes com o exercício de
uma política leviana, marcada pelo sadismo.
Claro que a turma do Centrão está com fome, muita fome – afinal de contas, lá se vão mais de quatro meses sem mesada, sem acesso às verbas de ministérios que funcionavam como balcão de negócios. Trata-se de uma situação tão estranha que o chefe do Centrão, deputado Rodrigo Maia, foi denunciado com todas as letras e palavras como sendo destinatário de verbas espúrias – para dizer o mínimo. O que dizer então da mídia, acostumada a encher sua burca de dinheiro – ainda que praticando um tipo de jornalismo marcado pela leviandade, disseminando fake news e se considerando como referências éticas do submundo. O Judiciário, acuado pelas manifestações populares e pelo barulho nas redes sociais, tem membros que não podem mais desfilar sua empáfia nem no Brasil e nem no exterior, sabe que perdeu seu protagonismo e é cada vez mais razão e motivo de repulsa pela sociedade..
É um quadro nonsense que revela o quanto elevados percentuais de renovação de bancadas do Congresso Nacional não querem dizer nada – porque trocam apenas nomes, mas as práticas continuam inculcadas, como se fossem inerentes ao exercício dos cargos legislativos. E na verdade, os que chegam a Brasília costumam chegar depois de um estágio nada recomendável em Câmara de Vereadores e Assembleias Legislativas. Por isso advogo a tese de que a pessoa poderia ser exercer mandato no legislativo apenas duas vezes – depois deveria passar igual período atuando em atividade profissional.
É óbvio que essa trinca tem a nada agradável companhia de
militares que agora querem se passar por bonzinhos, indo contra o que pensa,
espera e quer a sociedade… Mas isso é assunto para conversa em outro dia.
Ao transformarem a “política” na mais lucrativa das
profissões, os políticos transferem de pai para filho – ou filha – a arte de
enganar, tapear e ludibriar os eleitores.
Não adianta mudar e trocar nomes, quando a prática é a
mesma.
Tiroteio
– O ex-senador Cristovam Buarque e o atual José Reguffe
sempre tiveram uma relação muito próxima, de muita proximidade – inclusive porque
nenhum dos dois é muito chegado em trabalho. As afinidades e mesuras foram
deixadas no passado e o clima entre os dois azedou de vez.
– Para quem não sabe, o DF é composto por “Brasília”, a
Capital do Brasil e por uma série de cidade satélites ou bairros. Essas “cidades”
são negociadas com os deputados distritais para que os governadores tenham os
votos suficientes para aprovar assuntos de seu interesse no Legislativo Local.
É um desavergonhado e escancarado troca-troca, marcado por promiscuidade e
muitas traições.
– Pelo jeito, as rachaduras no edifício sede do TJDFT são
bem mais sérias do que o discurso oficial vem enfatizando. Tem gente que, a
cada dia, tem mais medo de que algo mais grave possa acontecer.
– Noite de futebol mobiliza algumas das principais torcidas em
nosso país, com os jogos de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
– Para quem gosta de ficar irritado, uma boa dica é acessar
os endereços eletrônicos das universidades federais brasileiras e pesquisar as
teses que são elaboradas. Geralmente as estes ficam na seção “repositórios”.
Mas, já vou avisando, é preciso ter muito estômago para suportar. O pior de tudo:
nós é quem bancamos…
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