Reiteradamente achincalhada, ainda assim a mídia não se cansa. Depois da paspalhada de Manoel, o micro da República Islâmica da França e sua bela mulher, agora é a vez de pesquisas
Dia desses, uma dessas vetustas e caquéticas jornalistas que
são mais conhecidas por codinomes no submundo do que relevantes em seu afazer
supostamente profissional, produziu matéria com especialista apontando
equívocos na forma da esposa de um ministro preparar a mesa para servir uma
sopa. Esse é o retrato de um país onde um produtor de filmes pornôs vira
referência ética, para uma esquerda ávida em recuperar um discurso que não
condiz com a sua prática.
O exemplo da reportagem sobre etiqueta mostra o fosso entre
o chiqueiro onde a imprensa hoje reina de modo soberano e a vida real, onde os
brasileiros tentam viver com liberdade, depois de décadas de obscurantismo
social democrata que teve como maior mérito a sangria dos cofres públicos e a
roubalheira desenfreada.
O papel subserviente dos jornalistas, ainda que mantenham a
arrogância e a soberba, é de tal ordem ridículo que insistem em manter-se
apegados a um padrão de comportamento esquizofrênico, como se eles estivessem
acima do bem e do mal.
É óbvio que a imprensa precisa lutar de todas as formas,
fustigar por todos os meios e tentar de todas as maneiras colocar o governo
Bolsonaro na defensiva, na tentativa de repetir a velha tática de extorquir
dinheiro público. Conversando com uma jornalista da Globo ela me falou do
desencanto com os tempos atuais e a saudade que ela tem de governos onde
ministros paravam reuniões só para atendê-la e conceder entrevistas – deixando os
demais jornalistas na sala de espera.
Entre suspiros e revelações de rancores e de ódios, ela
chegou ao máximo de nossa conversa quando sentenciou: quem o ministro da
Educação pensa que é para me deixar esperando por uma entrevista com o resto
dos jornalistas. Assim mesmo… com o resto. Nem mesmo o tempo de amizade e a
compreensão de que o povo da Globo sempre foi tratado com uma deferência
enojante pelos governantes no passado, impediram que eu a lembrasse que talvez
estivesse na hora de entender que os tempos são outros. Virou as costas, foi
embora. E eu me dei o direito de cair na gargalhada…
Os sucessivos governos se esmeraram na arte masoquista de
apanhar da mídia, tratar bem os jornalistas e encher os cofres de dinheiro em
quem os chicoteava no dia a dia. Essa lógica que permeou a passagem de todos os
governos a partir da Nova República está sendo rompida por Bolsonaro – que opta
pela comunicação direta com a sua base pelas redes sociais e atua no sentido de
mostrar para a mídia que seus mecanismos vão muito além de algumas chineladas,
na diminuição de verbas publicitárias, no fim da liberdade de trânsito no
Planalto que alguns jornalistas tinham no passado – sendo que “profissionais”
chegaram a transcender os limites da lascívia e da permissividade sexual, não
só com eventuais presidentes, que fique bem claro.
Incensar Manoel, não funcionou – porque o mandatário francês
destilou apenas ignorância, desinformação e preconceito. Defender como bela e
charmosa a esposa do presidente da República Islâmica da França também virou
motivo de chacota – afinal de contas, ela é feia mesmo e ponto final. Os
incêndios na floresta sempre foram incidências anuais, tanto assim que em
agosto de 2010, último ano do mandato do trancafiado Lula, teve 45.018 focos –
sendo que em agosto de 2019, o número ficou em 30.901.
Ou seja: cada mentira do nanico francês ecoada de forma
paquidérmica pelos amestrados “jornalistas” foi desmentida pela realidade. Em
lugar de colocarem o rabinho entre as pernas, teimam em manter a empáfia e
partem para um novo front, dentro da estratégia de manter o governo sob ataque:
valem-se de pesquisas visando 2022, numa clara tentativa de antecipar o pleito.
Eles migram de pauta de forma despudorada, sobrevivendo de
mentiras e de invenções – que podem colar ou não, dependendo de quem as escuta,
de quem as reproduz. Infelizmente o acelerado caminho de descrédito que a própria
imprensa escolheu é um perigo para a democracia – mas, cá entre nós, quem disse
que a imprensa, os jornalistas e a esquerda têm qualquer compromisso com a
democracia e a liberdade?
Em primeiro lugar é preciso saber se até lá o Haddad
continuará fora da cadeia, tantos são os processos que cercam sua trajetória
política. Também é oportuno lembrar que em 2018 o Datafolha garantiu que
Bolsonaro perderia para todos os demais candidatos no 2º turno. Lamentavelmente
o Datafolha está indo, a passos céleres, para o mesmo buraco do descrédito no
qual já se encontram o Ibope e o Vox Populi – que hoje tem como principal
cliente a CUT.
Olhando o cenário nacional fica clara a estratégia que os
meios de comunicação passaram a utilizar, principalmente porque acreditam que a
lenta retomada da economia, o endividamento das famílias e a manutenção do
desemprego em índices elevados podem levar ao colapso do governo Bolsonaro –
que é algo que eles querem e precisam. Principalmente na tentativa de
sobreviver em meio a um mundo em mudanças e no qual eles não possuem a
relevância do passado, ainda que tenham necessidade de incensá-lo, imolando-se.
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