Acossados pela realidade, primeiro eles se intitularam “isentões”, uma espécie de seres acima do bem e do mal, com a empáfia de não serem cúmplices nem da cleptocracia e nem defensores da proposta de resgate da soberania. Desmascarados, criaram um novo bunker para exercerem seu fascismo
Transposto o período no qual o Brasil foi dominado pelo
obscurantismo da cleptocracia de viés social democrata e esquerdista, um
segmento social se sentiu no dever não apenas de se dissociar do passado que
eles ajudaram a construir – inclusive por omissão! – e trataram de se “vender”
como paradigmas e referências do comportamento crítico e de uma postura de “vamos
ver no que vai dar”. Assim, surgiram os isentões.
No entanto, o coração continuava apegado aos tempos que
foram enxotados pelos brasileiros, quando uma corja de batedores de carteira –
muitos deles presos, outros soltos, um tanto deles destilando a sapiência da
obviedade e alguns inclusive togados – começou a ser extirpada do poder. De
venais adoradores de ladrões, passaram a se apresentar como “os isentões”,
seres ridículos que migram de conceitos, mas que se mantêm atrelados aos mesmos
preconceitos.
Observe que eles são sempre chamados a opinar, como se
fossem capazes de transmitir algo além de um monte de obviedades. Quando querem
criticar a política externa, chamam o Ricúpero – uma figura que por si só
justificaria o fim da figura do “diplomata” como carreira de estado. Sempre foi
um venal, a tentar uma postura de sapiência e equilíbrio, num processo mais de
dramaturgia do que de diplomacia com clara defesa dos interesses nacionais.
Tenho para mim que o Instituto Rio Branco é a melhor escola de teatro hoje no
Brasil – paga, financiada e custeada pelo contribuinte. Lá se aprende a curvar
a espinha, rituais de salamaleque e curso intensivo para se especializar na
arte da fofoca e de sobrevivência em pequenos nichos de consanguinidade, de
sexualidade e de inutilidade.
Se o assunto é economia, chamam Mailson da Nóbrega – aquele rapaz
que “administrou” a economia brasileira entre 6 de janeiro de 1988 e 15 de
março de 1990. Mailson, gênio formado pelo Ceub aqui de Brasília, conseguiu a
proeza de virar consultor depois de ter conduzido os brasileiros a conviverem
com uma inflação de 1.782,85% – sim, foi essa a inflação que ele impôs aos
brasileiros no passado e hoje, por conta da mídia, quer se passar por alguém
capaz de opinar sobre algo que a experiência dele não referenda.
Esses são apenas dois dos sempre lembrados, mas poderíamos
citar que as referências para falar de comunicação são Franklin Martins e
Eugênio Bucci, dois notórios serviçais que trabalharam pelo governo
lulo-petista e continuam a defendê-lo.
Mas os isentões logo foram desmascarados, inclusive porque
eles possuem um traço que os denuncia: o passado servil e a incapacidade de entender
que o comando do país é do povo, não de quem se pensa capaz de usurpar essa
competência e roubar e destruir o país em nome de seus interesses.
Os isentões distorcem conceitos, mudando palavras. Observe
que eles evitam, por exemplo, que são a favor do aborto – preferem dizer que
são a favor da “interrupção da gravidez”. Como se a vida fosse um seriado que
você interrompe a exibição e depois retoma do ponto onde parou, como se a vida
que está sendo gestada pudesse ser interrompida como quando um árbitro
interrompe uma partida de futebol para hidratação dos jogadores, retomando
depois o seu andamento.
Acuados, ridicularizados e desmascarados em sua própria
estupidez, eis que os malfadados isentões agora estão se anunciando como “humanistas”
– entes capazes de pairarem acima de sua própria boçalidade, de manifestarem
opiniões e juízos de valor sobre qualquer assunto e que não aceitam qualquer
questionamento ou desnudamento. Quando acuados, acusam os outros de fascistas,
quando eles próprios possuem em si todo o comportamento típico do esquerdismo
fascista que é a prática desse pessoal.
Os humanistas acreditam, por exemplo, que as queimadas na
Amazônia queimam mais do que as queimadas em São Paulo, na África, no Ceará, na
França, no Paraguai. Os humanistas têm a firme convicção de que o padrão
europeu de venalidade deve ser seguido sem nenhum questionamento. Os humanistas
defendem a atuação das ONGs na floresta, protegendo as riquezas do subsolo para
quem as financia e não veem nenhum problema na hipocrisia de não estarem
atuando onde elas realmente seriam necessárias, no caso o Nordeste brasileiro.
Os humanistas sonham com um presidente de fala refinada e mãos ágeis em roubar,
surrupiar recursos públicos e quebrar os fundos de pensão dos trabalhadores de
empresas públicas. Os humanistas enchem a boca para atacar o governo, gritando
suas aleivosias e incontinências verbais – gritos histéricos que ecoam apenas
nos guetos imundos onde se escondem e de onde tentam impedir que o Brasil deixe
de ser terra das manoelas malucas, das gleisis siliconadas, dos “lula”
ridículos que vivem como apêndices de nomes, quando não passam de ratazanas e
vire terra de quem tem compromisso com o futuro.
Os humanistas não passam de seres patéticos que não têm
coragem de assumir que remam contra as mudanças, que lutam contra o Brasil e
que sonham com a volta de um tempo no qual eles se omitiam – quando não
aplaudiam – diante daqueles que roubavam aos montes e agora querem obliterar o
passado e se posicionarem como os únicos sensatos e capazes de ter a lucidez de
saber o que é certo.
Se os isentões eram desprezíveis pela venalidade, os
humanistas das redes sociais não passam de reféns de sua própria estupidez. O
Brasil venceu essa corja toda nas urnas e na medida em que ela insiste em não
aceitar a realidade, vai aqui um pequeno lembrete: a próxima eleição
presidencial será em 2022 e tenham certeza que o “Brasil” que teremos
reconstruído até lá não permitirá que os cupins e os cupinchas voltem a colocar
em risco nossa soberania.
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