No Uruguai, a esquerda voltou para onde nunca saiu

Muitos por certo irão se perguntar: mas como o povo uruguaio aceitou a volta da extrema esquerda ao poder? É preciso entender em primeiro lugar que Lacalle Pou, o presidente derrotado, nunca foi de Direita. E mais: ele não mexeu em nenhum absurdo que a Frente Ampla implantou durante 15 anos de mandato. Ou seja: por covardia, Lacalle fez exatamente aquilo que o sistema exigiu. E entregará o poder para a extrema esquerda com a alegria do “dever cumprido”.

Eu sei que não se pode tocar em certas feridas quando a casca ainda não caiu. Feridas que, sem você mexer, acabam sumindo na memória e nem mesmo deixando cicatriz. Mas se houver insistência em tirar a casca, ficará a marca. E falo especificamente das eleições no Uruguai, mas poderia falar também da Rumênia, onde o povo que sofreu nas mãos dos comunistas continua entregando sua alma para os esquerdistas.

Rapidamente sobre o Uruguai: é o país mais ateu da América Latina.

Talvez isso ajude a entender um pouco esse apego que “Los Orientales” tem pelo demônio e sua manifestações – com uma forte presença de cultos e rituais de raiz africana. Aqui vale ressaltar o ritmo Candombe que “chegou ao Uruguai graças aos escravos – levados da África-, e continua sendo ouvido nas ruas, nos becos e nos carnavais” da terra que alguns dizem ser onde nasceu Carlos Gardel (Taquarembó).

É preciso entender o recado que o povo deu através do voto: Lacalle, que alguns chamam pejorativamente de lacaio, se ocupou mais em demonizar a Direita, representada pelo Cabildo Abieto e seu presidente Manine Rios, do que confrontar a esquerda e suas insanidades como eutanásia, liberação de drogas, ideologia de gênero. Basta lembrar que a vice do lacalho, Beatriz Argimón, sempre foi feroz lutadora pela liberdade de transição de sexo, bloqueadores de puberdade e muito mais.

O recado, para mim, foi muito simples: entre um títere e um tirano confesso, os uruguaios por desencanto votam em um tirano – ainda que adepto de uma ideologia fracassada nas palavras do seu mentor: passei a vida lutando para mudar o mundo e confesso que não consegui. Mas me diverti muito!

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