Alfredo Bessow

Alfredo Bessow é um jornalista, radialista, influenciador e analista político brasileiro com mais de 40 anos de experiência.

O princípio do respeito às autoridades é uma questão de educação

por | 04/11/2019 | 0 Comentários

Em um mundo cada vez mais mimizento, parece que “respeitar as autoridades” acabou se transformando em algo descartável – quando essa postura revela apenas a impotência diante da realidade e a falta de educação

Para quem não sabe, sou Luterano de formação, convicção e
prática – temente a Deus em sua dimensão de Pai de todas as coisas e ao qual
recorro em oração pedindo proteção e agradecendo por tantas dádivas.

Já tive algumas discussões sobre religião e fé e aquela que
mais suscita divergência está na carta de Paulo aos Romanos capítulo 13 que
trata da obediência às autoridades. Ainda que eu entenda como necessária a
obediência, o que mais me preocupa é a falta de respeito para com o conceito de
autoridade. Temos filhos que desrespeitam os pais, maridos que desrespeitam
esposas, chefes que desrespeitam empregados e assim sucessivamente com todas as
variáveis possíveis.

Observo pessoas cultas que não se sentem constrangidas em
tornar pública sua frustração e sentimento de impotência diante da realidade e
da vontade do povo que elegeu Bolsonaro presidente – e se esmeram em chamá-lo
de Bozo e tipificar quem o defende de “gado”.

Óbvio, ao menos para mim, que a virulência verborrágica é a
confissão da impotência pessoal – ou do grupo no qual a pessoa esteja inserida.
É aquela cena patética do jogador que errar um passe ou um perpetrar um chute
bisonho olha para a chuteira ou trata de arrumar o meião ou, ainda, abrir os
braços genericamente apontando para alguém imaginário que só sua mente flagrada
no erro é capaz de identificar.

Ainda no sábado, no fim de tarde, conversava sobre as
agruras do passado olhando a foto que a Bianca Bessow havia me mandado lá de
Livramento: como estava faltando luz, ela recorreu à um lampião a querosene que
fora da sua bisavó e disse-me como era estranho e intenso um objeto tão simples
e uma situação tão prosaica e improvável em tempos de modernidade podia
suscitar tantas reminiscências.

Não. Definitivamente não sou saudosista, ainda que em alguns
ambientes da minha casa em certo sentido persista um ar de museu, inclusive com
objetos oriundos lá da Linha Palmeira, onde nasci, inclusive um punhado de
terra do local onde me criei.

O que definitivamente me deixa perplexo nem é a falta de
obediência as autoridades, como está em Paulo, mas a falta de respeito que se
tornou norma em nosso cotidiano – onde, sob o pretexto da modernidade, viceja o
princípio pueril de que eu mereço ser respeitado sempre – quanto a respeitar,
só mesmo quando isso for conveniente a mim. Na verdade, me parece que a
ausência da família contribui para que as crianças cresçam sem que aprendam o
princípio da autoridade e a importância de respeitá-las – algo muito claro e
patente na quantidade de agressões que sofrem professores das escolas públicas
em todo País.

Até onde seremos capazes de chegar nessa cruzada de
desconstrução cotidiana de valores?

QUICANDO

– O clima de pânico nos bastidores da Globo está fazendo com
que a decisão de ir para o confronto contra o que eles chamam de “clã dos
Bolsonaros” seja considerada a única alternativa de sobrevivência da emissora.

– Para quem conhece aquela casa, a leitura é simples: a
Globo jogará todas as fichas para derrubar Bolsonaro – porque teme que ocorra
com ela o que aconteceu em 1980 com a TV Tupi.

– Mais rapidamente do que muitos poderiam imaginar, vai
caindo a máscara e as pessoas passam a assumir o real objetivo da CPMI da Censura,
hipocritamente chamada de cruzada contra as fake news: o que está em jogo é realizar
o controle social das redes sociais, antigo projeto fascista que os governos da
cleptocracia petista não conseguiu implementar. Agora, contam com o apoio da
Folha de São Paulo e da rede Globo para atingirem seu intento.

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