E a coisa é realmente macabra e ajuda a desnudar um mundo oculto, de assédio e vinganças e que agora vem à tona
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Por Alfredo Bessow
No auge da guerra fria, os EUA foram dominados por uma cruzada onde críticas ou posicionamentos contrários ao status quo eram tipificados como antipatrióticos. Tendo como mentor o senador republicano Joseph McCarthy, foi uma verdadeira caça às bruxas. Muitas pessoas perderam seus empregos, tiveram carreiras destruídas.
Guardadas as devidas proporções, estamos começando a viver algo similar em nosso País – com o linchamento moral e a punição a quem assumiu a defesa da candidatura de Bolsonaro. O colunista Ricardo Feltrin, do Uol online, que sob nenhuma visão pode ser apontado como simpatizante do presidente eleito, escreveu nesse domingo, 4, um artigo que mostra como os pseudo-democratas estão lidando com quem tem visão contrária.
Destaca Feltrin em coluna sob o título “Artistas antibolsonaristas fazem lobby contra (ex) colegas na Globo”. Macartismo puro, revelando a pouca aptidão para conviver com a divergência, com a falta de respeito para com quem não se alinha com os seus ditames.
Ele diz: “Artistas ditos de ‘esquerda’, estão pressionando colegas acima e abaixo na hierarquia a se recusar a trabalhar ou deixar de convidar ex-colegas que declararam apoio ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL)”.
Que coisa mais patética – mas importante para entender como funcionam os mecanismos de pressão, coerção e assédio moral por parte dos “democratas” de plantão. E o articulista vai além em sua denúncia: “Atores e atrizes que estão sendo chamados para as próximas produções da emissora, por exemplo, exigem saber antes quem serão os colegas de elenco. Dizem que não querem contracenar com ‘fascista’”.
E a coisa é realmente macabra e ajuda a desnudar um mundo oculto, de assédio e vinganças e que agora vem à tona. Além de proibir e vetar atores e atrizes “os ‘antibolsomaristas’ também têm feito lobby para que programas de auditório e de musicais da Globo não convidem mais Gustavo Lima, Zezé Di Camargo, Ferrugem, Jammil, Eduardo Costa, Tati Zaqui, Latino e até a cantora gospel Ana Paula Valadão”.
Observem… como é cínica a democracia de quem só aceita quem pensa igual a si…
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