Defender as propostas de um governo é algo que faz parte do jogo. No entanto, manter-se fiel as trapalhadas é sinônimo de conivência
Não entro aqui no mérito da capacidade ou não do ainda ministro Ricardo Vélez Rodriguez e muito menos em questões de nacionalidade. O que me preocupa é a forma atabalhoada como ele enfrenta as questões e sua manifesta inaptidão para um cargo que demanda bem mais do que afinidade ideológica. É patético observar que mesmo quando ele tem razão, consegue ser desastrado.
Ao alimentar picuinhas e não ter discernimento claro acerca da magnitude do seu papel para uma verdadeira revolução cultural em nosso País, Vélez acabou servindo de alvo para ataques contra o Governo Bolsonaro. Parece que a paciência do presidente está no fim, ainda que ninguém saiba ou tenha ideia de qual a solução para esse imbróglio.
Em lugar de construir uma linha de ação e de atuação, Vélez se portou como um aluno birrento que sentia imenso prazer em criar focos de cizânia, sem buscar espaços de proteção. Não soube definir quais seriam os seus aliados e acabou virando uma espécie de “bola da vez”. Desesperado, tentou agradar para se manter no cargo e, outra vez, foi destrambelhado e infeliz.
Claro que é sempre um desgaste uma troca ministerial, mas a verdade – ao menos na minha opinião! – é que já passou e muito da hora de repensar não apenas um novo o titular para o posto, mas uma definição clara, um norte, um parâmetro e um balizamento do que acontecerá na educação.
Ao alimentar um processo de desgaste cotidiano, Vélez talvez sem perceber hoje é mais útil à oposição e ao sistema ao qual deveria oferecer um contraponto, do que ao projeto de um governo de ruptura com tudo que tivemos nos últimos anos.
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