Incansável e persistente, a mídia revela-se fiel ao propósito de manter o governo Bolsonaro sob pressão
Uma disputa por espaço político em nível regional e a
ambição de grupos ligados ao trade turístico de São Paulo – que sempre tiveram
benefícios do Ministério do Turismo e que agora teme perder os privilégios –
movem a mais recente campanha midiática pela derrubada de Marcelo Álvaro
Antônio. Depois de comprovada a inconsistência das denúncias de ter mantido um
laranjal de candidaturas em Minas, os ataques da também federal Alê Silva, uma
advogada sem militância política que se elegeu na onda Bolsonaro, buscam manter
o ministro na linha de tiro.
A movimentação de Alê, que exige que os interlocutores a
chamem de “doutora” ou “senhora deputada”, tem relação direta com a perda do
controle do diretório de cerca de 20 municípios mineiros da região do Vale do
Aço. Depois da eleição de 2018, esses diretórios, que estavam sem comando,
passaram a ser reestruturados por Enéias Reis, eleito duas vezes vereador em
Coronel Fabriciano e que sempre foi aliado do atual ministro.
Alê sentiu o golpe e partiu para o ataque, aliando-se com grupos fora do PSL e contando com a benevolência da mídia, para disseminar uma suposta ameaça de morte – quando ela própria em mensagens com correligionários já comemorava a queda de Marcelo do ministério.
Tranquilo, o federal Enéias faz questão de enfatizar que confia na inocência do ministro – que nunca enfrentou nenhum tipo de questionamento acerca da lisura de seus atos -, ressaltando que não indicou e nem solicitou nenhuma comissão ou diretório supostamente pertencente a área de controle político de Alê.
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