Ao contrário do alarmismo com que alguns institutos de pesquisa avaliam o começo do Governo Bolsonaro, a verdade é mais cruel com eles: sua aprovação continua acima do percentual de votos obtidos em 2018
Recebo com regularidade pesquisas elaboradas por vários
institutos. Não sou matemático e nem estatístico, portanto busco fazer leitura
a partir daquilo que eu já vivenciei.
Um dos institutos que gosto de acompanhar o trabalho é o
Paraná Pesquisas, sendo que mantenho conversas adicionais com o Murilo Hidalgo
que é diretor do referido instituto. Hoje, por exemplo, recebi uma pesquisa
contendo a avaliação dos governos Bolsonaro e Dória que, em certo sentido,
refletem uma realidade similar ao quadro eleitoral no final do 2º turno. Realizada
entre os dias 3 e 7 de abril, em 80 municípios do estado de São Paulo e abrangendo
um universo de 1.855 pessoas – entrevista presencial, para deixar bem claro.
Pois bem…
O que a pesquisa indicou: que o quadro brasileiro continua
polarizado, sendo que Bolsoanro tem sua administração aprovada por 57%,
enquanto que 36,8% não a aprovam. Vale lembrar que o resultado final da eleição
de 2018 apontou Bolsonaro eleito com 55,7% dos votos.
Ou seja: dentro do percentual de votos que obteve em 2018,
percebe-se que o presidente continua com aprovação similar ao desempenho
eleitoral. Da mesma forma pode-se dizer que a desaprovação está naquele
segmento que desde antes do pleito já era do contra – e não vai mudar, porque o
objetivo deles não passa por uma refundação do Brasil, mas apenas o desejo e a necessidade
pessoal de voltarem ao poder e continuarem saqueando os cofres públicos.
Há, ainda, outros fatores que devem ser levados em conta e
aqui precisa entrar o processo de desgaste com algumas trapalhadas
involuntárias e algumas caneladas desnecessárias.
O que a pesquisa não identificou é qual a taxa de manutenção
daqueles que votaram em Bolsonaro e que estão insatisfeitos com o seu governo.
Mas sei que esse dado tem sido levantado por pesquisas qualitativas e que não
estão sendo divulgadas por uma razão muito simples: entre seu eleitorado, a
aprovação do Governo Bolsonaro é superior a 90%. Desenhando para quem ainda não
entendeu: quem votou em Bolsonaro continua apoiando ele em um percentual de
fidelização muito similar ao que havia antes da eleição em 28 de outubro.
Debaixo de críticas e vigiado em todos os seus movimentos, a
mídia continua fazendo suas apostas equivocadas, não percebendo que ao atacar
Bolsonaro de modo leviano, irresponsável e maquiavélico, o que ela consegue é
manter a fidelização do eleitorado – algo que deve ser crescente até 2022,
principalmente se o governo conseguir aprovar a Reforma da Previdência.
Tudo que a oposição não pode é deixar que o Governo
Bolsonaro aprove a Reforma da Previdência, porque isso impactará na retomada do
desenvolvimento do Brasil, na geração de empregos e a afastará ainda mais do
sonho de voltar a saquear cofres públicos.
Tiroteio
– Ao contrário do que veicula a mídia brasileira – já disse
e vou repetir: ela hoje mais torce do que noticia – é pouco provável que Trump
não seja reconduzido à presidência dos EUA. Empresário brasileiro que esteve
por mais de 10 dias por lá fazendo negócios voltou com a percepção de que nós
brasileiros não sabemos nada do que acontece nas terras do Tio Sam. É o que dá
abastecer-se apenas por veículos simpáticos aos Democratas.
– Sobre o Brasil, empresários e diretores de bancos
norte-americanos reconhecem que perderam o timing de investimentos no Brasil e
deixaram a China quase comprar o Brasil. Acreditam que esse quadro irá mudar
com o novo protagonismo da diplomacia brasileira.
– Esquerda do Brasil e do mundo torcendo muito por uma
derrota de Benjamin Netanyahu, nas eleições legislativas que acontecem hoje em
Israel. Lá, 47 partidos concorrem a 120 vagas no Knesset, o Parlamento em
Jerusalém – mas só 12 ou 13 devem conseguir assentos.
– A notícia da prisão de Rafael Barbosa, ex-secretário de
Saúde do governo petista de Agnelo Queiroz no DF, serve para lembrar o quã
perversa é a passagem de petistas por qualquer instância do poder. É uma coisa
realmente patológica e assustadora a forma como o partido criado para ser
esperança de ética, virou sinônimo de cleptocracia.
– A maioria construída pelo governador Ibaneis na CLDF
permite que ele administre sem sobressaltos. Além de uma base coesa – e aqui
nem vale perguntar qual o preço dessa coesa – o seu governo conta com uma
oposição esfacelada e sem discurso.
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