Não se trata de um julgamento isolado, mas uma sequência de provocações e leviandades que partem de ministros que não possuem estatura moral e ética de integrarem a Suprema Corte
A desqualificação do STF vem num crescendo nos últimos anos
e quando muitos não entendiam como o PT em sucessivos governos havia se
esmerado na arte de indicar pessoas assim tão sem relevância jurídica para
ocupar vagas que se abriam, agora sabe-se a razão de tais nomeações: no futuro,
poderiam contar com a vassalagem doentia de um povo que se esmera na arte de
afrontar os anseios da sociedade.
Que fique bem claro: não considero possível que em um país
como o Brasil, ministros fiquem encastelados por 20, 30 ou mais anos ocupando
uma cadeira do STF. Sou defensor de que os ministros do circo do STF tenham
mandatos de 6 anos, não renováveis e idade mínima de 60 anos.
A Justiça brasileira não tem condições de ser o poder
supremo, sem que tenha ninguém para lhe colocar freios, sem colocar limites na
atuação leviana, irresponsável e soberana de magistrados que atuam mais como
porta-vozes de bancas e de facções criminosas.
O fim da Lava Jato foi orquestrado entre uma advocacia
criminosa e corrupta – que pode receber honorários sem se preocupar com a
origem, seguramente a maior parte dela ilícita; por um Judiciário que tem suas
entranhas podres, onde o preceito da impunidade é norma e o tráfico de
influência uma constante; um Legislativo dominado pelo fisiologismo faminto que
pode ser personificado no Centrão, mas que também é o retrato da postura e do
comportamento dos chamados partidos de esquerda.
É um momento difícil para a sociedade – porque parece que o
STF, em sua leviandade e irresponsabilidade, quer esticar a corda para ver até
onde, até que ponto, os militares e o povo continuarão aceitando pacificamente
as diatribes que ministros cometem em nome de seus anseios de contemplar o
crime, a impunidade e, de outro lado, ridicularizar o povo.
Não se trata de nominar um ou outro Ministro – o que existe
é um perfil vergonhoso de pseudos magistrados que se sentem felizes no papel
ridículo de “inticar” e provocar os valores da sociedade.
Sob o comando do ministro Gilmar Mendes, o STF hoje
sintetiza aquilo que a sociedade mais repudia: uma casa a serviço da
impunidade, que legisla nos limites da leviandade e da irresponsabilidade para
premiar criminosos.
Que ninguém acuse ou condene o povo por ele ter consolidado
a convicção de que o STF passou da conta. E nem as Forças Armadas se elas,
enfim, se lembrarem de qual o seu verdadeiro papel institucional.
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